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Remakes e reboots têm nota pior na crítica que filmes originais, indica estudo

Cena do filme "A Hora do Pesadelo" (2010), de Samuel Bayer - Reprodução
Cena do filme "A Hora do Pesadelo" (2010), de Samuel Bayer Imagem: Reprodução

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

25/01/2019 09h28

A crítica especializada de cinema não aprova refilmagens (os famosos remakes) e reboots. É o que concluiu um novo estudo do site Rotten Tomatoes, que analisou mais de 400 filmes do tipo lançados desde 1978, e comparou as médias das notas dadas pela crítica com a dos filmes que os originaram.

Segundo o levantamento, os remakes têm uma média de 47% de aprovação entre a crítica, enquanto reboots são avaliados de forma positiva 53% das vezes. Para quem não sabe, o reboot acontece quando uma franquia é reinventada, mas sem repetir exatamente a trama de um dos filmes anteriores.

Enquanto isso, os filmes que originaram estes 400 remakes e reboots avaliados pelo Rotten Tomatoes têm uma média de 81% de aprovação da crítica. Apenas 10% das refilmagens e reinvenções conseguiram notas mais altas do que os originais.

Entre estas exceções à regra estão: "Onze Homens e Um Segredo" (2001), que refilmou o longa de 1960 estrelado por Frank Sinatra; "Bravura Indômita" (2010), remake do clássico de 1969 com John Wayne; e "Mogli: O Menino Lobo" (2016), versão live-action da animação de 1967 da Disney.

Alguns dos casos em que a nota da crítica despencou mais em relação ao original foram "A Hora do Pesadelo" (2010) e "O Padrasto" (2009), dois remakes do gênero terror -- ambos tiveram aprovação mais de 50% menor do que suas fontes de inspiração.

O horror, aliás, é o gênero com maior número de remakes e reboots no levantamento do site. Mais de cem filmes de terror foram refilmados ou reinventados desde 1978, e a média de aprovação entre todos eles é assustadoramente baixa: apenas 38%.

Uma franquia que dominou a arte do reboot, segundo o estudo, é James Bond. O espião britânico passa por uma reinvenção a cada troca de ator, reiniciando a cronologia da saga, e a maioria das estreias de novas versões do 007 se deu bem na avaliação da crítica.

Por exemplo: "007 - Cassino Royale", lançado em 2005, é um dos reboots mais bem avaliados do século 21. O longa que introduziu Daniel Craig ao papel foi aprovado por 94% da crítica especializada.