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Astros, polêmicas e filmes brasileiros: 20 destaques de Sundance 2019

Lupita Nyong"o em cena de "Little Monsters" - Divulgação/Sundance Institute
Lupita Nyong'o em cena de "Little Monsters" Imagem: Divulgação/Sundance Institute

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

24/01/2019 04h00

Tudo começa no Festival de Sundance. Enquanto Hollywood está ocupada celebrando os melhores do ano anterior, com o Oscar, uma cidadezinha de pouco mais de 7.000 habitantes chamada Park City, em Utah, no interior dos EUA, recebe desde 1978 o maior festival de cinema independente do país. Em 2019, a festa começa nesta quinta-feira (24).

É de Sundance que saem alguns dos filmes mais comentados pelos apreciadores de cinema no resto do ano. Em 2018, por exemplo, o festival foi anfitrião das estreias de "Colette", "O Mau Exemplo de Cameron Post", "O Conto", "A Pé Ele Não Vai Longe" e outros títulos que fizeram barulho nos meios independentes.

Abaixo, selecionamos 20 longas-metragens que darão o que falar na edição de 2019. A lista está cheia de astros (Lupita Nyong'o, Zac Efron, Naomi Watts, Keira Knightley, Milla Jovovich, Adam Driver), tem três produções brasileiras e até um polêmico documentário sobre Harvey Weinstein, que já foi figurinha carimbada de Sundance.

Confira:

Na competição principal

Griffin Gluck e Pete Davidson em cena de "Big Time Adolescence" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Griffin Gluck e Pete Davidson em cena de "Big Time Adolescence"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Big Time Adolescence"

Apesar do sucesso no "Saturday Night Live", e da fama repentina como noivo (ainda que por breves meses) de Ariana Grande, o comediante Pete Davidson ainda não emplacou um grande papel no cinema. Isso pode mudar com "Big Time Adolescence", em que ele interpreta Zeke, melhor amigo mais velho do adolescente Mo (Griffin Gluck, de "American Vandal").

Ex-namorado da irmã do garoto, Zeke manteve a amizade com Mo após o término, mas o patriarca da família (Jon Cryer, de "Two and a Half Men") está preocupado com a influência que este universitário desistente, sem nenhum rumo na vida, pode ter em seu filho. O filme marca a estreia do roteirista e diretor Jason Orley, visto como ator na comédia "Um Senhor Estagiário".

Noah Jupe em cena de "Honey Boy" - Divulgação/Natasha Braier - Divulgação/Natasha Braier
Noah Jupe em cena de "Honey Boy"
Imagem: Divulgação/Natasha Braier

"Honey Boy"

Shia LaBeouf tinha 14 anos de idade quando a série "Mano a Mana" (2000-2003) o transformou em um astro da Disney. Após anos tentando rechaçar esta imagem e expondo as sequelas que a fama tão cedo na vida lhe deixou, LaBeouf está preparado para contar a sua própria história: em "Honey Boy", ele assina um roteiro autobiográfico, sobre um astro infantil cuja carreira é controlada pelo pai (papel interpretado pelo próprio LaBeouf).

Noah Jupe ("Um Lugar Silencioso") e Lucas Hedges ("Manchester à Beira-Mar") interpretam o protagonista em dois tempos diferentes, enquanto ele tenta reconciliar sua relação com a figura paterna. LaBeouf entregou a direção deste projeto altamente pessoal para Alma Har'el, cineasta conhecida por documentários experimentais como "Bombay Beach" e "LoveTrue".

Tim Roth, Kevin Harrison Jr e Naomi Watts em cena de "Luce" - Divulgação/Larkin Seiple - Divulgação/Larkin Seiple
Tim Roth, Kevin Harrison Jr e Naomi Watts em cena de "Luce"
Imagem: Divulgação/Larkin Seiple

"Luce"

Há dez anos, Amy e Peter (Naomi Watts e Tim Roth) adotaram um jovem da nação africana da Eritreia. Hoje, o rapaz, batizado de Luce (Kelvin Harrison Jr., de "Ao Cair da Noite"), é o melhor estudante de sua escola e um membro amado da comunidade onde cresceu, no interior dos EUA. Quando ele escreve um ensaio para a aula de Harriet (Octavia Spencer) com algumas teses políticas "alarmantes", a professora começa a achar que há algo errado com seu pupilo.

"Luce" é inspirado na peça teatral de J.C. Lee, roteirista de episódios de "Looking" e "How to Get Away with Murder". O diretor Julius Onah, conhecido por "O Paradoxo Cloverfield", se afasta da ficção científica com este thriller psicológico que quer expor "aquilo que existe embaixo da superfície perfeita do sonho americano", como define a apresentação do festival.

Awkwafina em cena de "The Farewell" - Reprodução/Sundance - Reprodução/Sundance
Awkwafina em cena de "The Farewell"
Imagem: Reprodução/Sundance

"The Farewell"

Awkwafina conquistou o público com o seu lado cômico no ano passado, roubando cenas em "Oito Mulheres e Um Segredo" e "Podres de Ricos", mas "The Farewell" mostra a habilidade dramática da estrela. No filme, ela é Billi, jovem e rebelde escritora que contraria ordens da mãe e vai para a China, onde um casamento deve reunir, pela primeira vez em muitos anos, toda a família.

Acontece que o casamento é também uma desculpa para todos darem seu adeus para a avó de Billi, que foi diagnosticada com câncer terminal. A família decidiu não contar nada para a matriarca, uma "mentira do bem" que permitirá que ela aproveite a última festa com todos reunidos. O longa é escrito e dirigido por Lulu Wang ("Póstumo").

Os brasileiros

Dira Paes e Julio Machado em cena de "Divino Amor" - Divulgação/Gabriel Mascaro - Divulgação/Gabriel Mascaro
Dira Paes e Julio Machado em cena de "Divino Amor"
Imagem: Divulgação/Gabriel Mascaro

"Divino Amor"

Uma rara investida do cinema brasileiro na ficção científica, "Divino Amor" se passa em 2027, e apresenta uma sociedade obcecada pela religião, em que raves viraram cultos e a novidade da vez são cabines de conselhos espirituais no estilo fast food.

Neste mundo, Joana (Dira Paes) vive sua fé de forma mais antiquada. A protagonista do filme de Gabriel Mascaro ("Boi Neon") participa de um coletivo religioso que resiste às tendências pós-modernas de seu tempo, e tenta se aproximar de Deus enquanto ela e o marido, Danilo (Julio Machado), buscam engravidar pela primeira vez.

Cena de "Democracia em Vertigem" - Divulgação/Orlando Brito - Divulgação/Orlando Brito
Cena de "Impeachment"
Imagem: Divulgação/Orlando Brito

"Democracia em Vertigem"

A documentarista Petra Costa já atraiu elogios e polêmicas com os seus dois primeiros filmes, "Elena" e "O Olmo e a Gaivota". Agora, ela retorna para analisar o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão de Luís Inácio Lula da Silva e a eleição de Jair Bolsonaro para o cargo de presidente do Brasil em "Democracia em Vertigem".

"Há 3 anos, desci do meu apartamento pra dar uma olhadinha em uma manifestação. Percebi que, enquanto eu dormia, meu país tinha se transmutado em outro. Entrei no buraco de um coelho que durou 1001 noites", descreve a cineasta no seu Facebook. Depois de "O Processo", de Maria Augusta Ramos, o cinema brasileiro produz mais um olhar para este momento de crise política.

"Abe"

Filme brasileiro com sabor internacional. O diretor Fernando Grostein Andrade ("Quebrando o Tabu", "Coração Vagabundo") comanda um elenco que inclui tanto o brasileiro Seu Jorge quanto o nova-iorquino Noah Schnapp (o Will de "Stranger Things") nesta fábula de amadurecimento em que um garoto, filho de pai israelense e mãe palestina, descobre a sua identidade através da comida.

Schnapp é Abe, que foi criado em uma casa não-religiosa, mas é pressionado pelos avós a escolher entre o judaísmo e o islamismo. Ele conhece o chef brasileiro Chico (Seu Jorge), que mostra a ele como misturar sabores de diferentes cantos do mundo pode ajudar a unir as pessoas.

Cena de "Monos" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Cena de "Monos"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Monos"

Embora seja uma produção internacional, "Monos" é dirigida pelo brasileiro de nascença Alejandro Landes. Criado entre a Colômbia e o Equador, Landes fez sucesso em Cannes com o seu filme de estreia "Porfirio", em 2011. Agora, retorna com uma espécie de fábula fantasiosa ao estilo "O Senhor das Moscas", em que um grupo de crianças selvagens forma sua própria sociedade.

Com nomes de guerra como Rambo, Lady, Bigfoot e Wolf, os membros mirins da "Organização", como eles mesmos se chamam, precisam fugir de sua base de operações quando um ataque os atinge. Eles levam à reboque sua refém adulta, a Doctora, interpretada por Julianne Nicholson ("Álbum de Família").

Os astros

Zac Efron e Lily Collins em cena de "Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile" - Divulgação/Brian Douglas - Divulgação/Brian Douglas
Zac Efron e Lily Collins em cena de "Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile"
Imagem: Divulgação/Brian Douglas

"Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile"

Zac Efron quer se livrar de uma vez por todas do estigma de galã adolescente com o papel de Ted Bundy, um dos serial killers mais notórios de todos os tempos. Em "Extremely Wicked, Shockingly Evil and Vile", acompanhamos sua história através dos olhos de Liz Koepfler (Lily Collins), uma jovem mãe solteira que se vê encantada pelo charmoso Bundy pouco antes de sua prisão e da revelação de seus crimes.

Conhecido por documentários celebrados como "O Paraíso Perdido", Joe Berlinger se arrisca na ficção com este filme escrito pelo estreante Michael Werwie. Além das performances elogiadas de Efron e Collins, o filme conta com John Malkovich ("O Homem da Máscara de Ferro"), Haley Joel Osment ("O Sexto Sentido"), Jim Parsons ("The Big Bang Theory") e Kaya Scodelario ("Maze Runner") em papéis coadjuvantes.

Emma Thompson em cena de "Late Night" - Divulgação/Emily Aragones - Divulgação/Emily Aragones
Emma Thompson em cena de "Late Night"
Imagem: Divulgação/Emily Aragones

"Late Night'

Emma Thompson como apresentadora de um talk show? Queremos! Pena que é só na ficção, já que a atriz assume este papel na comédia "Late Night", escrita e co-estrelada pela sempre hilária Mindy Kaling ("Oito Mulheres e Um Segredo"). Na trama, Thompson encarna Katherine, ícone de sua profissão, que é criticada por ter apenas homens em sua equipe de roteiristas.

Em resposta, ela contrata Molly (Kaling), que chega à sala de roteiristas do programa cheia de ideias para revitalizar a audiência e impedir que a emissora substitua Katherine na posição de apresentadora. Nisha Ganatra ("Cake: A Receita do Amor") dirige, e o elenco ainda inclui John Lithgow ("The Crown"), Hugh Dancy ("Hannibal") e Amy Ryan ("Medo da Verdade").

Keira Knightley em cena de "Official Secrets" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Keira Knightley em cena de "Official Secrets"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Official Secrets"

O primeiro de dois filmes da lista que lidam com escândalos reais da "guerra contra o terrorismo", "Official Secrets" traz Keira Knightley no papel da espiã britânica Katherine Gun, que encontrou e vazou, em 2003, um documento provando que os governos dos EUA e do Reino Unido estavam tentando subornar membros conselho de segurança da ONU a fim de aprovar a invasão do Iraque.

Gavin Hood ("X-Men Origens: Wolverine") dirige esta tensa história, comandando um elenco estrelado que inclui Matthew Goode ("The Crown"), Matt Smith ("Doctor Who"), Ralph Fiennes ("Harry Potter"), Indira Varma ("Êxodo: Deuses e Reis"), Rhys Ifans ("O Espetacular Homem-Aranha") e Conleth Hill ("Game of Thrones").

Adam Driver em cena de "The Report" - Divulgação/Atsushi Nishijima - Divulgação/Atsushi Nishijima
Adam Driver em cena de "The Report"
Imagem: Divulgação/Atsushi Nishijima

"The Report"

Um bom companheiro de sessão para "Official Secrets", "The Report" aborda outra história real pós-11 de setembro: a do funcionário do Senado americano Daniel Jones (Adam Driver), que se vê no comando de uma investigação sobre tortura e abuso de poder cometido pela CIA durante a guerra contra o terrorismo. O filme traça uma luta de mais de dez anos, empreendida por Jones, para tentar publicar o seu relatório da investigação.

O roteirista Scott Z. Burns ("O Ultimato Bourne") dirige o seu primeiro longa-metragem com "The Report". Além de Driver, o elenco inclui Jennifer Morrison ("Once Upon a Time"), Maura Tierney ("Transparent"), Annette Bening ("Beleza Americana"), Matthew Rhys ("The Americans"), Michael C. Hall ("Dexter"), Ben McKenzie ("Gotham") e Tim Blake Nelson ("O Incrível Hulk").

"Velvet Buzzsaw"

O diretor e roteirista Dan Gilroy ("O Abutre") retorna com um bizarro filme de terror passado no mundo da crítica de arte. Jake Gyllenhaal estrela como Morf, um crítico que se vê encantado pelas obras de um artista falecido -- o que ele não sabe é que os quadros do misterioso homem contam com um "poder" sinistro. Distribuído pela Netflix, o filme chega ao Brasil em 1º de fevereiro.

Além de Gyllenhaal, "Velvet Buzzsaw" conta com Billy Magnussen ("Maniac"), John Malkovich ("O Homem da Máscara de Ferro"), Toni Collette ("Hereditário"), Natalia Dyer ("Stranger Things"), Rene Russo ("Máquina Mortífera"), Zawe Ashton ("Wanderlust") e Daveed Diggs ("Extraordinário") no elenco.

Milla Jovovich e Emma Roberts em cena de "Paradise Hills" - Divulgação/Manolo Pavn - Divulgação/Manolo Pavn
Milla Jovovich e Emma Roberts em cena de "Paradise Hills"
Imagem: Divulgação/Manolo Pavn

"Paradise Hills"

Esta fantasia da diretora estreante Alice Waddington coloca Emma Roberts ("American Horror Story") contra Milla Jovovich ("Resident Evil"). Roberts é a jovem Uma, que é enviada para um colégio interno bizarro liderado com mão de ferro por Duchess (Jovovich) -- por trás da decoração à la conto de fadas, Paradise Hills é um lugar perigoso para as garotas mandadas para lá contra a sua vontade.

Uma terá que se juntar a outras das "estudantes" para se libertar desta prisão, e Roberts está em boa companhia no elenco, que inclui Eiza González ("Em Ritmo de Fuga"), Awkwafina ("Podres de Ricos"), Danielle Macdonald ("Dumplin'") e Jeremy Irvine ("Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo").

Os documentários

Anton Yelchin em cena de "Love, Antosha" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Anton Yelchin em cena de "Love, Antosha"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Love, Antosha"

A morte do ator russo Anton Yelchin, mais conhecido pelo papel na franquia "Star Trek", em 2016, segue como uma das tragédias mais chocantes de Hollywood. Yelchin, que tinha apenas 27 anos, estava no auge de sua carreira, e o documentário "Love, Antosha" chega a Sundance para contar a história deste jovem talento de personalidade efervescente.

O filme traz depoimentos de celebridades que trabalharam com Yelchin, como Jennifer Lawrence (em "Loucamente Apaixonados" e "Um Novo Despertar"), Kristen Stewart (em "Sociedade Feroz"), Chris Pine e John Cho (na saga "Star Trek"), além de sua família e amigos. O diretor estreante Garret Price ainda se debruça sobre as razões que levaram Yelchin a esconder sua doença, a fibrose cística, do público -- sua morte ocorreu por acidente não-relacionado à enfermidade.

Harvey Weinstein em cena de "Untouchable" - Divulgação/Barbara Alper - Divulgação/Barbara Alper
Harvey Weinstein em cena de "Untouchable"
Imagem: Divulgação/Barbara Alper

"Untouchable"

Harvey Weinstein já foi presença constante em Sundance com as suas produtoras, Miramax e The Weinstein Company, mas agora reaparece na programação do festival como tema do documentário "Untouchable". O filme analisa tanto a sua ascensão como magnata hollywoodiano quanto a sua decadência após as acusações de assédio sexual e estupro virem à tona na imprensa.

A diretora Ursula Macfarlane ("One Deadly Weekend in America") conversou com amigos de faculdade, parceiros de produção e mulheres que acusaram Weinstein de transgressão sexual para mapear a história completa do produtor.

Os terrores

Naomi Watts em cena de "The Wolf Hour" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Naomi Watts em cena de "The Wolf Hour"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"The Wolf Hour"

O segundo projeto de Naomi Watts na lista das estreias de Sundance, "The Wolf Hour" se passa na Nova York dos anos 1970. Quando um blecaute provoca caos nas ruas, June (Watts), que no passado foi uma figura chave da contracultura, se tranca acovardada em seu apartamento. Conforme os visitantes, solicitados ou não, começam a tocar a sua campainha, a paranoia toma conta da protagonista.

Misturando o suspense de Alfred Hitchcock com o estilo cru de thrillers dos anos 1970 dirigidos por Martin Scorsese e Sidney Lumet, "The Wolf Hour" é a estreia em longas-metragens do cineasta Alistair Banks Griffin, que também assina o roteiro. Emory Cohen ("Brooklyn") e Kelvin Harrison Jr ("Ao Cair da Noite") também estão no elenco.

Demi Moore em cena de "Corporate Animals" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Demi Moore em cena de "Corporate Animals"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Corporate Animals"

O diretor e roteirista Patrick Brice ("Creep") mistura terror e comédia em "Corporate Animals", que conta com Demi Moore na pele da presidente da companhia Incredible Edibles, que vende eletrodomésticos comestíveis em um futuro não muito distante. Ela explora incessantemente seus funcionários, incluindo os assistentes Freddie (Karan Soni, de "Deadpool") e Jess (Jessica Williams, de "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald").

Este (des)equilíbrio corporativo vira caos quando a CEO leva os seus subalternos para uma excursão pelas cavernas de uma região remota dos EUA. Quando eles ficam presos lá dentro com o inútil guia turístico Brandon (Ed Helms, de "Se Beber Não Case"), as coisas começam a dar errado para a poderosa executiva.

Lupita Nyong'o em cena de "Little Monsters" - Divulgação/Sundance Institute - Divulgação/Sundance Institute
Lupita Nyong'o em cena de "Little Monsters"
Imagem: Divulgação/Sundance Institute

"Little Monsters"

Lupita Nyong'o está mesmo a fim de explorar suas possibilidades como estrela de terror. Além de "Nós", de Jordan Peele ("Corra!"), ela filmou recentemente este "Little Monsters", em que interpreta uma professora de jardim de infância tendo que proteger seus pupilos de uma invasão zumbi durante uma excursão.

A professora de Nyong'o tem a "ajuda" de dois atrapalhados acompanhantes, vividos por Alexander England ("Alien: Covenant") e Josh Gad ("A Bela e a Fera"). O filme é escrito e dirigido por Abe Forsythe, conhecido por filmes independentes como "Ned" (2003) e "Down Under" (2016).

Dakota Johnson e Armie Hammer em cena de "Wounds" - Divulgação/Michael K. Short - Divulgação/Michael K. Short
Dakota Johnson e Armie Hammer em cena de "Wounds"
Imagem: Divulgação/Michael K. Short

"Wounds"

Com pegada de terror psicológico, "Wounds" promete ser o filme mais perturbador da seleção de Sundance. Na trama, Armie Hammer ("Me Chame Pelo Seu Nome") e Dakota Johnson ("Cinquenta Tons de Cinza") vivem um casal que se vê envolvido em um mistério arrepiante quando um grupo suspeito de adolescentes deixa um celular para trás no bar administrado por eles.

Zazie Beetz ("Deadpool 2") também está no elenco de "Wounds". O diretor Babak Anvari recebeu elogios pelo seu longa de estreia, "Sob a Sombra" (2016), que mostrava uma mãe iraniana tentando lidar simultaneamente com a mudanças sociais do país nos anos 1980 e com um monstro que invadia a casa de sua família.