Amos Oz, escritor, ativista e pacifista israelense, morre aos 79 anos
Amos Oz, escritor, ativista e pacifista israelense e um dos responsáveis pelo movimento Paz Agora, em que advogava pela solução de dois estados Israelense-Palestino, morreu aos 79 anos. A informação foi confirmada por sua filha Fania Oz-Salzberger no Twitter e pelo jornal israelense Haaretz. O escritor sofria de câncer.
Ela escreveu em hebraico: "Meu amado pai acabou de morrer de câncer após um rápido declínio. Ele estava dormindo tranquilo e cercado por pessoas que amava. Por favor, respeitem a nossa privacidade. Eu não posso atender ligações. Obrigado por aqueles que o amavam".
De família de origem russa e polonesa, Amos Oz nasceu em 4 de maio de 1939 em Jerusalém e foi criado no kibbutz Hulda. Em 1954, ele mudou seu nome de Klausner para Oz, que em hebraico significa "força, coragem". Ele se casou com Nili em 1960 e teve três filhos.
Um dos seus livros mais famosos é o romance autobiográfico "Rimas da Vida e da Morte" (2003). Ele também é autor de "Where The Jackals Howl" (1966), "Meu Michael" (1973), "A Caixa Preta" (1988), "Conhecer Uma Mulher" (1991), "Pantera no Porão' (1997) e "O Mesmo Mar" (2002).
Ele começou a escrever em 1961, aos 22 anos, e na sua carreira publicou mais de 18 obras em hebraico, incluindo romances, coletâneas, contos e ensaios, além de mais de 500 artigos para jornais internacionais.
Antes de entrar na universidade, Amos Oz fez o serviço militar obrigatório de três anos no exército de Israel, na Brigada de Nahal. Depois, ele voltou ao exército para servir na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e na Guerra do Yom Kippur, em 1973. Foi após o período no exército que ele adotou a visão política pacifista de diálogo e a proposta de dois estados na região, um judeu e um árabe. Entre suas obras, também estão vários textos sobre o conflito árabe-israelense.
Muitas de suas obras são centradas na sua vida no kibbutz e seus personagens abordam as relações com o moderno estado de Israel. Em uma entrevista concedida ao Haaretz em abril deste ano, ele comentou sobre o futuro do país e a mudança da embaixada dos Estados Unidos de Tel Aviv para Jerusalém.
"Eu não sei o que o futuro guarda para Jerusalém, mas eu sei o que pode acontecer. Todo país do mundo deveria seguir o presidente Trump e abrir a sua embaixada em Jerusalém. Ao mesmo tempo, esses mesmos países deveriam abrir uma outra embaixada no leste de Jerusalém, como capital do povo palestino".
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