Filme do "Aquaman" é uma resposta a 45 anos de zoação com o herói da DC
Aquaman nunca foi o super-herói favorito de muita gente. O deboche com o personagem da DC vem principalmente desde 1973, quando o desenho "Superamigos" passou a ser exibido na TV, e demorou muitas décadas para que a imagem do herdeiro de Atlântida mudasse.
Quem nunca leu os quadrinhos reproduzia apenas as ideias de que: 1) ele não tinha poderes; 2) ele não podia sair da água porque ficava fraco; 3) ele falava com os peixes; 4) seu meio de transporte era um patético cavalo-marinho 4) seu uniforme era cafona e sem muita graça; e 5) ele era um personagem secundário e jamais ganharia um filme solo.
Era assim que a cultura pop lembrava de Aquaman:
A imagem do herói começou a mudar principalmente com a saga dos quadrinhos "Os Novos 52", quando Geoff Johns e os brasileiros Ivan Reis e Joe Prado transformaram o visual e as características do Aquaman. O trio ainda brincou com a ideia de como o personagem da DC sempre foi ridicularizado e como isso era um incômodo. As HQs venderam muito bem nos Estados Unidos, e o passo seguinte foi adaptar a ideia para os cinemas.
Após se destacar em "Liga da Justiça" (2017), Aquaman ganhou seu filme solo, que estreia nesta quinta-feira (13) nos cinemas. Jason Momoa interpreta um protagonista tatuado, com cara de mau, descolado, barbudo, que desce a porrada, beberrão e que afasta a aparência frágil que ficou conhecida nas versões anteriores do herói. O filme dirigido por James Wan apodera-se de vários detalhes que deram errado nos desenhos e ainda incorpora elementos novos para dar uma nova vida ao Aquaman.
Cavalo-marinho poderoso
Uma das grandes sacadas da live action é apresentar, de surpresa, uma cena em que o herói usa um cavalo-marinho durante a batalha contra o Mestre dos Oceanos. Mas o animal não tem nada a ver com aquele usado pelo Aquaman nos desenhos. Pelo contrário, ele é forte e repleto de escamas, lembrando mais um dragão das profundezas do oceano do que um cavalo-marinho.
Ele fala com os peixes. E daí?
Considerado o único poder do Aquaman por aqueles que não sabem que ele, na verdade, é muito forte, a habilidade de falar com os peixes é mostrada no filme. Mas não é que o protagonista bate um papo com um baiacu. O herói consegue se comunicar através de ondas telepáticas, com pequenas ondas marítimas, como um chamado que o Aquaman faz para as criaturas que ele controla no oceano.
Traje
Outro ponto sempre ridicularizado na história do Aquaman é seu uniforme. Em "Os Novos 52", o herói já apareceu com um traje mais impactante, e o filme segue a mesma ideia. A maior parte do tempo ele veste apenas calça e está quase sempre descamisado, mas, conforme mostrado em trailer, o personagem aparece com o uniforme clássico, mas muito mais descolado: desta vez com escamas de ouro cobrindo o peito e luvas verdes com detalhes pontiagudos.
Ele é forte dentro e fora d'água
Aquaman queima a língua de quem acha que ele não é poderoso fora do ambiente aquático. Um dos destaques do filme é uma luta fora da água, com Aquaman enfrentando o séquito do Arraia Negra. E toda a ideia do filme é mostrar que Aquaman pode unir os dois mundos: o mar e a terra. No roteiro, o herói inclusive é reticente quanto a permanecer dentro da água, já que guarda péssimas lembranças de Atlântida.
Jamais um personagem secundário
O primeiro filme solo do Aquaman mostra que o herói tem cacife para ser protagonista. A versão de Jason Momoa é carismática o suficiente para ainda entregar outros títulos, tornando-se um dos personagens mais importantes e poderosos do universo DC. Quem achava que o Aquaman sempre ficaria de escanteio, vai perceber que ele pode ser tão importante quanto Superman e Batman, situação parecida com o que aconteceu neste ano com Mulher-Maravilha.
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