Warner vai investigar produtor de "Raio Negro" após denúncia de estupro
Caio Coletti
Colaboração para o UOL
30/11/2018 15h22
A Warner Bros. TV abriu uma investigação contra Salim Akil após o produtor de "Raio Negro", uma das séries de super-herói do estúdio em parceria com a editora DC, ser denunciado por estupro.
Foi revelado na quinta-feira (29) que Akil responde ao processo de uma mulher que alega ter sido sua amante. Amber Dixon Brenne acusa o produtor de violência doméstica, estupro e quebra de contrato.
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A informação do site "The Wrap" é que a Warner nunca recebeu nenhuma reclamação sobre o comportamento de Akil no set, e que o produtor deve continuar trabalhando em "Raio Negro" enquanto a investigação é empreendida.
Nos documentos oficiais, Brenne disse que escreveu em 2016 um roteiro chamado "Luv & Perversity in the East Village", baseado no relacionamento abusivo entre eles. O longa falava sobre "uma jovem atraente e negra do mundo do entretenimento, que se apaixona por um homem dominante e agressivo e vê sua vida virar de cabeça para baixo".
Brenne mandou o roteiro para Akil, que gostou da ideia e, como consta a ação, a usou como base para a série "Love Is", produzida por sua empresa para a emissora OWN. A jovem afirmou que ela começou o caso com o produtor há dez anos, e que eles estavam juntos até ano passado.
Durante este tempo, segundo ela, Akil a agrediu inúmeras vezes e ainda a forçou a fazer sexo oral nele em múltiplas ocasiões. Brenne pede compensação monetária pelo uso do seu roteiro, e ainda pelo estress emocional do relacionamento entre eles.
"Raio Negro" é exibida nos EUA pela CW, e está disponível no Brasil pela Netflix. Akil é o produtor do título ao lado da mulher, Mara Brock Akil, com quem é casado há mais de 20 anos.