Saiba mais de "Nightflyers", nova série inspirada em obra do autor de "GoT"
O produtor Sean Ryerson tem um aviso aos fãs de "Game of Thrones" que forem se aventurar a assistir "Nightflyers", ficção científica inspirada em outra obra do autor George R.R. Martin: as duas séries tem pouquíssimo em comum.
"De nenhuma forma nossa série vai realizar o desejo [de uma 'nova Game of Thrones']", comentou ao site Mashable. "É bem diferente, e George tem uma imaginação grande o bastante para fazer coisas totalmente distintas em sua carreira".
O ator Jodie Turner-Smith, que interpreta um humano geneticamente modificado chamado Melantha Jhirl na série, concorda: "Eu não gosto de falar sobre ser 'a próxima 'Game of Thrones'', porque é um gênero totalmente diferente. Se as pessoas entrarem nessa achando que será parecido, não vão conseguir o que querem".
Uma das poucas semelhanças, segundo a equipe, é que "Nightflyers" será tão sombria quanto o épico da HBO. Produzida pelo canal americano SyFy em parceria com a Netflix, a série estreia em 2 de dezembro nos EUA, mas ainda não tem data para chegar por aqui.
"Se algo ruim precisa acontecer na história, George é o tipo de escritor que encara isso de frente ao invés de fugir", define Ryerson. "Os personagens da nossa série estão sofrendo terror psicológico, e ele não desvia o olhar disso".
O clima de terror psicológico, aliás, é chave para entender a trama. Nela, vemos os tripulantes de uma nave avançada que partem para tentar encontrar vida nos cofins do universo -- quanto mais progridem na missão, mas se veem chegando à beira da insanidade.
Além disso, tudo indica que, assim como acontece em "Thrones", a contagem de mortes de "Nightflyers" será bem alta. "Sabe quando você conhece alguém no terceiro minuto do episódio piloto e pensa: 'Ah, cara, ele vai morrer'", brinca o diretor Andrew McCarthy. "Temos alguns destes".
É importante notar também que o próprio Martin está pouco envolvido com a série. Segundo os produtores, ele se encontrou com o showrunner Jeff Buhler no começo do desenvolvimento do projeto, e ajudou a tomar algumas decisões criativas, mas não leu nem escreveu roteiros dos capítulos.
"Ele é como a voz na nossa consciência quando estamos tomando decisões, mas não está envolvido no dia-a-dia da série", define Ryerson.
O livro original de Martin, apesar de ter grandes sequências de ação, se estende por apenas 88 páginas. A série, portanto, precisou fazer grandes mudanças e expandir bastante a história.
"Acho que eles pegaram o universo criado por George como a base, e construíram em cima disso", comenta Eoin Macken, que interpreta o Capitão Karl D'Branin. "Os personagens são, todos, bem diferentes".
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