Série da Netflix é acusada de promover o tráfico sexual e glamourizar o abuso
A série italiana "Baby", da Netflix, nem estreou e já vem sendo alvo de críticas.
A National Center on Sexual Exploitation, organização norte-americana cujo objetivo é "expor as ligações entre todas as formas de exploração sexual", acusou a gigante do streaming de "promover o tráfico sexual".
Dawn Hakins, diretor executivo da ONG, diz que os executivos da Netflix estão "completamente fora do tom" e que a plataforma está "priorizando o lucro em cima das vítimas de abuso".
A National Center on Sexual Exploitation enviou uma carta à Netflix em janeiro assinada por diversas vítimas que sobreviveram ao tráfico sexual.
"Erik Barmack, vice-presidente de conteúdos internacionais da Netflix, descreveu o show como 'ousado'. Não há nada ousado sobre explorar a sexualidade de menores de idade", opinou Hawkins em comunicado.
"Este show glamouriza o abuso sexual e banaliza a experiência de inúmeras mulheres e homens menores de idade que sofreram com o tráfico sexual", completou.
Segundo a descrição oficial, "Baby" é uma história de amadurecimento que explora a vida invisível de estudantes romanos do ensino médio. Vagamente inspirada por uma história real, a série segue um grupo de adolescentes desafiando a sociedade em sua busca por identidade e independência, tendo como pano de fundo o amor proibido, as pressões familiares e os segredos compartilhados.
A série estreia nesta sexta-feira (30) na Netflix.
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