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Humor ácido e mortalidade dão tom de série com Michael Douglas na Netflix

Alan Arkin e Michael Douglas em cena de "O Método Kominsky" - Divulgação
Alan Arkin e Michael Douglas em cena de "O Método Kominsky"
Imagem: Divulgação

Osmar Portilho

Do UOL, em São Paulo

27/11/2018 04h00

"Por que devo viver?", pergunta o agente Norman Newlander (Alan Arkin) para o frustrado professor de atuação Sandy Kominsky (Michael Douglas). Escondido por baixo de camadas de humor ácido e piadas maldosas, o questionamento com tom filosofal é um dos pontos centrais da série "O Método Kominsky", produzida por Chuck Lorre ("Two and a Half Men") e disponibilizada recentemente na Netflix.

Com oito episódios, a série mostra a história de Sandy, um frustrado ator que ganhou certo respeito em Hollywood como professor de atuação. Ele e seu agente, Norman, tentam entender seu lugar na indústria cinematográfica ao verem que estão mais velhos e ultrapassados.

Para você dar uma chance para "O Método Kominsky", separamos cinco motivos para assistir à série:

Michael Douglas no humor

Ao falar o nome de Michael Douglas é natural nos lembrarmos de filmes icônicos dos anos 90, como "Instinto Selvagem" (1992), "Um Dia de Fúria" (1993) e "Assédio Sexual" (1994). Se você ainda enxerga o astro de 74 anos no estereótipo de ator sério de Hollywood poderá vê-lo mais solto usando seu humor afiado como Sandy Kominsky em sua escola de teatro. Douglas encarna muito bem o perfil canastrão do ator frustrado e muitas vezes traído pelo seu próprio ego exagerado.

Alan Arkin e Michael Douglas - Divulgação - Divulgação
Na série, Alan Arkin é Norman, agente do professor de atuação Sandy, vivido por Michael Douglas
Imagem: Divulgação

Sintonia entre Douglas e Arkin

Sem sombra de dúvida, os diálogos entre Sandy e Norman são o ponto alto de "O Método Kominsky". Michael Douglas e Alan Arkin possuem uma sintonia e amizade que transparece na tela. As conversas que surgem entre os amigos levantam debates e questionamentos profundos --de maneira cômica-- tanto sobre os bastidores da indústria do cinema como questões mais universais como família, perdas, trabalho e a nossa existência. A dupla consegue trabalhar alguns temas espinhosos que seriam descabidos em uma comédia, mas a sintonia ácida e até o desconforto dos personagens conseguem contribuir com essa leveza agridoce que dá o tom da série.

Humor ácido e inteligente

"O Método Kominsky" tem um tipo de humor ácido que muitas vezes pode até passar despercebido por não se tratar de uma piada escrachada ou construída de maneira óbvia. Na maior parte das vezes, a comédia surge de uma resposta mal-humorada ou uma reação rabugenta de seus protagonistas. Esse tipo de levada em que um temperamento ranzinza se confunde com piadas certamente agradará fãs de comédias como "Seinfeld" e "Curb Your Enthusiasm".

Passa rápido

Caso você seja daqueles que está envolvido com inúmeras séries simultaneamente e sem vontade de desenvolver um novo relacionamento sério, fique calmo. São apenas oito episódios na primeira temporada. Com exceção do primeiro episódio, que tem 33 minutos, todos os outros capítulos têm cerca de 22 a 25 minutos, algo como uma sitcom tradicional.

Danny DeVito é o urologista Dr. Wexler - Divulgação - Divulgação
Danny DeVito é o urologista Dr. Wexler
Imagem: Divulgação

Coadjuvantes fortes e elenco estrelado

Além da química entre Douglas e Arkin, "O Método Kominsky" tem um elenco de peso com grandes personagens coadjuvantes que preenchem lacunas importantes da série. Fica o destaque para Danny DeVito como Dr. Wexler, urologista de Sandy, e Nancy Travis, que vive Lisa, uma mulher divorciada que resolve ter aulas de teatro com Sandy.

De quebra, a série ainda conta com alguns convidados como Jay Leno, Patti LaBelle e Eliott Gould.