Topo

Michel Bracinho, o dançarino que bombou no Twitter com o "irmão" tiranossauro

Michel Bracinho posta foto ao lado de um Tiranossauro Rex - Reprodução/Twitter
Michel Bracinho posta foto ao lado de um Tiranossauro Rex Imagem: Reprodução/Twitter

Felipe Branco Cruz

Do UOL, em São Paulo

23/11/2018 04h00

Michel Gomes Vieira ganhou fama no Twitter nas últimas semanas ao compartilhar uma foto ao lado de um Tiranossauro rex. "Eu e meu irmão de rolê no shopping", escreveu na legenda. Nada demais se o dançarino de 23 anos não tivesse a síndrome de Talidomida, que causa o encurtamento dos membros do corpo e que o deixou com os dois braços curtos -daí o apelido pelo qual é conhecido: Michel Bracinho.

Michel contou ao UOL por que decidiu fazer a foto. “Fui ao shopping com um amigo e vi o dinossauro. Eu só queria tirar uma foto de zoeira. Nem acreditei quando vi todo mundo compartilhando. Não me importo com a zoeira. Fui eu mesmo que fiz a postagem, não fiz mal para ninguém. Gosto de brincar e gosto que meus amigos brinquem comigo”.

Talvez nem todo mundo se lembre, mas antes da foto viralizar Michel Bracinho já era bastante conhecido no Brasil. Em 2013, ele ficou em segundo lugar na Batalha do Passinho no Caldeirão do Huck. “Sou dançarino há mais de 10 anos e coreógrafo do grupo Bonde das Dancinhas, daqui de Jacarepaguá”, contou o dançarino de 23 anos.

Além do Caldeirão, Michel também aparece dançando no clipe do Rappa, na música “Auto-Reverse”, e já foi entrevistado por Fátima Bernardes. “Não vou deixar que uma deficiência atrapalhe a minha vida. Mas eu não acreditei quando fui chamado para ir em todos esses lugares porque sou muito tímido”, disse.

Michel é também atleta. Recentemente, participou de alguns campeonatos de atletismo paralímpico correndo distâncias de 100, 200 e 400 metros. “Atualmente, aqui no bairro, estamos sem lugar para treinar e eu tive que parar”, lamentou.

O dançarino contou que a maioria das mensagens que recebe em seu Twitter são de apoio e de pessoas elogiando a maneira como ele leva a vida. “A mensagem que quero passar é de não terem vergonha e tentarem ser felizes apesar de todas as dificuldades. Sempre andem com um sorriso no rosto. Não é uma deficiência que vai me impedir de dançar e ser feliz”.