Netflix quer ter cem séries de língua não-inglesa em seu catálogo
Os planos de dominação mundial da Netflix estão a pleno vapor: a gigante do streaming quer ter, em breve, nada menos do que cem séries originais em língua não-inglesa em seu catálogo. O plano foi revelado ao site IndieWire por Erick Barmak, vice-presidente de Produções Internacionais Originais da Netflix.
“Cem não é um número particularmente mágico”, disse o executivo. “Ele os daria uma programação robusta na América Latina e na Europa e uma programação inicial na Índia, no Oriente Médio e outras partes da Ásia”.
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Segundo Barmack, não faz sentido que Estados Unidos e Reino Unido dominem a TV internacional quando representam apenas 5% da população mundial. “Não pode ser possível que as pessoas de Hollywood e Londres sejam 20, 30 vezes melhores em contar história. Quando olharmos para cá, daqui a cinco anos, ninguém vai pensar que deveria ter permanecido assim”.
O executivo acredita que, daqui a algum tempo, metade das dez séries mais vistas do mundo estarão em outros idiomas que não o inglês. “Esta é uma mudança fundamental na forma como as pessoas consomem TV. Se você olhar só a Netflix, 60% da nossa audiência é internacional. Uma vez que você está dentro de um universo com legendas e dublagens, é provável que esse hábito continue, pelo menos dentro da Netflix”.
Barmack ainda explicou que não há um comitê central que define todas as séries que serão produzidas internacionalmente – isso é decidido regionalmente, em escritórios espalhados por cidades como Amsterdã, Madri, São Paulo e Tóquio. “Eles têm poder para tomar as decisões que consideram melhores para essas regiões”, informou.
O catálogo de produções internacionais da Netflix conta com séries brasileiras como “3%” e “O Mecanismo”, além de sucessos como a espanhola “La Casa de Papel” e a alemã “Dark”.
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