Gagliasso defende cena de sexo com Marina Ruy Barbosa no cinema: "Tem até pouco"
Com uma carreira construída na televisão, Marina Ruy Barbosa estreia nesta quinta-feira (8) no cinema. A ex-atriz mirim, que fez sua primeira novela aos 7 anos, em "Sabor da Paixão" (2002), forma com Bruno Gagliasso uma das duplas de protagonistas de "Todas as Canções de Amor".
No filme de Joana Mariani, que ainda traz no elenco Julio Andrade e Luiza Mariani, a personagem de Marina se chama Ana, uma jovem escritora que vive com Chico, interpretado por Gagliasso, a experiência do início do casamento.
Em entrevista ao UOL, Marina e Bruno falaram sobre a parceria no longa-metragem. Os dois contracenam em momentos de discussão, de muito diálogo e, também, em situações mais quentes na pele dos personagens que engatinham na vida a dois.
"Nós somos atores. Ser ator é emprestar o seu corpo para a cena. Nós estávamos disponíveis. Aquilo ali não teve uma grande questão. Não teve um tabu. Nós estávamos vestidos pelos nossos personagens", afirmou Bruno, que disse não ter usado dublê de corpo para fazer a ousada cena de sexo do filme.
Marina Ruy Barbosa afirmou que a cena foi feita com a naturalidade pedida pela história.
"Fazemos um filme de amor e sexo faz parte disso. É normal que tenha uma cena [de sexo]", afirmou ela. "Anormal seria se não tivesse. Seria mais estranho", concordou Bruno.
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Estreia no cinema: "Não quero ficar parada"
Aos 23 anos, Marina Ruy Barbosa encara sua estreia no cinema como um desafio. Antes de "Todas as Canções de Amor", ela só havia feito uma participação, na adolescência, no filme "Xuxa e o Tesouro da Cidade Perdida" (2004). Embora tenha bastante tempo de estrada como atriz, Marina queria uma oportunidade para se arriscar em algo novo.
"Às vezes existe até um preconceito sobre ator que faz televisão. É um grande desafio gravar 30 cenas por dia durante oito meses e fazer com qualidade. É muito difícil. Nunca me senti incomodada por ter uma carreira que foi construída na televisão, mas como atriz eu me sinto inquieta de buscar coisas que sejam diferentes", disse ela. "Eu não quero ficar parada. Quero me arriscar. Estou buscando isso e o meu lugar no mundo como mulher, atriz, cidadã", declarou.
Dobradinha na TV e no cinema
A parceria dos atores poderá ser vista nos cinemas ao mesmo tempo em que, coincidentemente, eles contracenam como um casal na novela "O Sétimo Guardião", que estreia na próxima segunda-feira na Globo no lugar de "Segundo Sol".
Para Bruno Gagliasso, a cumplicidade com Marina ajudou para a sintonia dos personagens tanto do cinema quanto da televisão.
"Quando você tem intimidade e se reconhece no olhar do outro em cena isso só faz você crescer como ator e ser humano. Antes de fazer esse filme já fazíamos campanha juntos. Já nos conhecíamos antes disso. Isso também te faz se cobrar mais para fazer algo diferente", falou ele ao comparar com o desafio imposto para a novela de Aguinaldo Silva.
Um olhar sobre o amor: começos e fins
No novo apartamento para onde se mudam, na região central de São Paulo, Ana e Chico descobrem uma fita cassete, "De Clarice para Daniel", deixada pelos antigos moradores do imóvel.
A partir daí, a trama se desenrola entre passado e presente, revelando detalhes de dois relacionamentos que, sob o mesmo teto e em momentos temporais diferentes, vivem situações opostas: Ana e Chico são recém-casados e Clarice e Daniel encaram uma separação.
Para a diretora Joana Mariani, o filme tem o trunfo de alcançar a todos com uma mensagem simples e universal, permeada por músicas populares de gêneros diversos.
"Escrevi o argumento do filme há oito anos quando me separei. E fui filmá-lo oito anos depois em outra situação de vida. Tem um olhar muito carinhoso sobre o amor e as relações, os começos e os fins", afirma ela.
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