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Diretor de "Azul é a Cor Mais Quente" é acusado de assédio sexual por atriz

Abdellatif Kechiche recebe Palma de Ouro com Léa Seydoux (à esquerda) e Adèle Exarchopoulos - AFP/Getty Images
Abdellatif Kechiche recebe Palma de Ouro com Léa Seydoux (à esquerda) e Adèle Exarchopoulos Imagem: AFP/Getty Images

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

31/10/2018 09h04

O cineasta Abdellatif Kechiche, conhecido pelo drama lésbico "Azul é a Cor Mais Quente", está sendo investigado pela polícia francesa após denúncia de assédio sexual feita por uma atriz em um de seus filmes. A informação é do Deadline.

A acusadora não teve o seu nome revelado pela polícia. Através de seus advogados, o diretor francês "negou categoricamente" as acusações.

Segundo o canal de notícias francês "BFMTV", a atriz prestou queixa contra Kechice no dia 6 de outubro, mas a investigação só se tornou pública agora. O incidente de assédio, segundo os documentos da polícia, teria acontecido durante um jantar na casa de amigos em comum do diretor e da atriz.

Lançado em 2013, "Azul é a Cor Mais Quente" rendeu a Kechiche a Palma de Ouro, prêmio mais prestigiado do Festival de Cannes. A história de amor entre Adele (Adele Exarchopoulos) e Emma (Léa Seydoux), no entanto, causou polêmica graças ao comportamento do cineasta durante as filmagens.

Membros da equipe de gravações e até mesmo as duas atrizes principais reclamaram das atitudes autoritárias e das más condições de trabalho do set. A longa e explícita cena de sexo entre as duas protagonistas, especialmente, foi complicada de se filmar e levantou reclamações de exploração das atrizes.

Além de "Azul é a Cor Mais Quente", Kechice dirigiu filmes como "A Culpa é de Voltaire" (2000), "A Esquiva" (2003), "O Segredo do Grão" (2007) e "Vênus Negra" (2010).