Personagens LGBTQ+ atingem alta histórica de representação em séries americanas
A organização não-governamental GLAAD liberou nesta quinta-feira (25) o seu relatório anual "Where We Are on TV", que analisa a representação LGBTQ+ nas séries americanas. Conforme repercutido pelo "Deadline", o levantamento registrou uma alta histórica na porcentagem de personagens LGBTQ+ nas produções da temporada 2018-19.
Segundo o relatório, 8,8% dos personagens regulares em séries de emissoras abertas, fechadas e serviços de streaming serão LGBTQ+ nesta temporada, a parcela mais alta já registrada em 23 anos do estudo. No ano passado, a porcentagem era de 6,4%.
Outro recorde foi encontrado na representação de pessoas não-brancas entre os personagens LGBTQ+. Elas são 50% na temporada 2018-19, com outros 49% representando pessoas LGBTQ+ brancas, e 1% contando personagens de etnia não determinada ou divulgada pelas emissoras.
A igualdade de gênero também é encontrada entre os personagens LGBTQ+ na TV. Os homens representam 49,6% destes personagens, mesma porcentagem das mulheres. 0,8% são personagens não-binários, ou cujo gênero não foi identificado/divulgado pelas emissoras.
Os números também melhoraram em categorias específicas: personagens bissexuais serão 117 na temporada, contra 93 no ano passado; personagens transgêneros serão 26, subindo dos 17 contados no último relatório; e as séries americanas apresentarão sete pessoas portadoras de HIV em 2018-19, enquanto apenas duas apareceram na temporada passada.
"Com políticas anti-LGBTQ+ sendo discutidas aqui e no exterior, as histórias desses personagens na televisão são mais críticas do nunca para construir compreensão e aceitação", comentou Sarah Kate Ellis, diretora da GLAAD. "Não só essas histórias beneficiam a nossa cultura como um todo, como dão audiência - títulos como 'Will & Grace', 'Supergirl', 'Empire' e 'How to Get Away with Murder' provam isso".
Qual a emissora mais inclusiva?
A Netflix foi aplaudida pela GLAAD como a produtora de séries que mais inclui personagens LGBTQ+ em suas histórias. Serão 88 nas séries da plataforma neste ano, quase dobrando o número do ano passado. Séries como "Orange is the New Black", "Luke Cage" e "Santa Clarita Diet" colocaram personagens LGBTQ+ nos holofotes.
Além disso, a Netflix continua sendo casa do único personagem assexual da televisão, o Todd Chavez de "Bojack Horseman", dublado por Aaron Paul. O relatório também citou que a série "O Mundo Sombrio de Sabrina" vai incluir um personagem pansexual, Ambrose (Chance Perdomo).
A emissora por assinatura FX, com seus personagens LGBTQ+ em "American Horror Story" e "Pose", fica no segundo lugar do ranking, com 23 representantes no total. Freeform, Showtime e TNT empatam no terceiro lugar, com 21 personagens LGBTQ+.
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