Crianças de ambos os sexos querem ver mais heroínas no cinema, diz estudo

Um novo estudo da BBC e do Women's Media Center buscou descobrir como a inclusão de personagens femininas positivas em filmes de grande alcance comercial (especialmente, filmes de super-heróis) tem impactado crianças e adolescentes de 10 a 19 anos.
Publicado nesta segunda-feira (8) e repercutido pelo "The Hollywood Reporter", o levantamento concluiu que tanto a maioria das meninas (85%) quanto a maioria dos meninos (69%) gostariam de ver mais super-heroínas nas telas. É uma vontade também ecoada por 80% dos seus pais.
Altas porcentagens de meninas respondendo ao estudo também citaram que suas heroínas preferidas as faziam se sentir mais "fortes" (84%), "corajosas" (81%), "confiantes" (80%), "inspiradas" (77%), "positivas" (75%) e "motivadas" (74%). 58% das garotas disseram que ver essas mulheres poderosas nas telas as faziam crer que "poderiam fazer qualquer coisa que quisessem".
Outro dado interessante é que uma boa parcela de meninos e meninas nesta faixa de idade concordam que as mulheres tem menos oportunidades no mundo por causa do machismo. Mais especificamente, 34% das meninas concordaram com essa afirmação, e 28% dos meninos também.
"Isso foi surpreendente para mim", comentou Julie Burton, coordenador do Women's Media Center. "É importante ver que meninas e meninos, crianças e adolescentes, reconhecem que existe um desequilíbrio de oportunidades entre homens e mulheres. Especialmente ver que os meninos entendem isso, é muito poderoso. Isso é deprimente, mas também esperançoso".
Para Sarah Barnett, presidente da BBC America, a conclusão é que imagens positivas de heroínas nas telas podem influenciar, e já estão influenciando, o comportamento dos pequenos.
"Eu acho que o papel do super-herói é mostrar para as pessoas quem pode ocupar uma posição de poder. Se não há representação de mulheres como super-heroínas, os meninos não verão mulheres como capazes desse tipo de poder", comenta.
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