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Baterista do Sigur Rós deixa a banda após acusação de estupro

Os integrantes da banda Sigur Ros com o baterista Orri Páll Dyrason (dir.) - Mark Metcalfe/Getty Images
Os integrantes da banda Sigur Ros com o baterista Orri Páll Dyrason (dir.) Imagem: Mark Metcalfe/Getty Images

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

01/10/2018 12h57

Orri Páll Dyrason, baterista do Sigur Rós, resolveu deixar a banda após uma acusação de assédio sexual e estupro. O grupo confirmou a saída do músico em comunicado oficial liberado nesta segunda-feira (1), via "Consequence of Sound".

"Em meio às acusações extremamente sérias e pessoais feitas contra ele recentemente, aceitamos hoje a demissão do nosso colega de banda Orri Páll Dyrason, e vamos permitir que ele lide com isso de maneira particular", disseram os membros da banda.

A artista Meagan Boyd, mais conhecida pelo nome Yin Shadowz, acusou Dyrason de estupro em um post no Instagram. Segundo ela, os dois se conheceram em Los Angeles, em 2013, quando o Sigur Rós estava na cidade para gravar o disco "Kveikur".

Boyd disse que os dois beberam juntos e se beijaram antes de adormecer na mesma cama. "Eu acordei com o sentimento de estar sendo penetrada. Eu não dei meu consentimento para isso. Aconteceu duas vezes na mesma noite, e é claro que eu me pergunto porque não fui embora na primeira vez - mas eu estava bêbada, cansada e em choque", recontou a artista.

Ela ainda justificou a demora para denunciar o caso, dizendo que "sentia que havia sido irresponsável por confiar [no baterista]". "Eu o respeitava como artista, e ele fazia parte de uma banda que eu amava", comentou.

Em um segundo post no Instagram, desde então apagado, Boyd expôs um e-mail que Dyrason a enviou após a sua denúncia inicial. No texto, ele dizia "não entender porque ela o acusaria de algo que ele não fez". "Nós nos divertimos juntos", escreveu o baterista.

"Eu acho que ele acredita nas mentiras que ele está contando, ou talvez só seja iludido. O lado da história que ele conta é completamente falso e fabricado", respondeu a artista. "Eu não serei silenciada ou aceitarei que digam que sou louca. Eu sei o que aconteceu, e não vou me esquecer. Isso não tem sido fácil para mim ou para a minha família, mas é o meu dever expô-lo".