Topo

Alok diz que "match" com sertanejo o deixava receoso

Alok, em sua apresentação na noite deste sábado (22) no VillaMix 2018, em São Paulo - Mariana Pekin/UOL
Alok, em sua apresentação na noite deste sábado (22) no VillaMix 2018, em São Paulo Imagem: Mariana Pekin/UOL

Tiago Dias

Do UOL, em São Paulo

23/09/2018 00h03

Ao mesmo tempo que expande sua carreira internacional, o DJ brasileiro Alok não deixa de circular entre os sertanejos. Tem sido assim desde que o astro integrou o casting do escritório Audiomix, potência do sertanejo brasileiro, e não foi diferente neste sábado (22) no VillaMix 2018 em São Paulo, quando fez o Autódromo de Interlagos pular com seu set, entre os shows de Jorge e Mateus e Jefferson Moraes. Esse "match" se mostrou certeiro, mas deixava Alok inseguro no começo.

"Nem eu acreditava muito que daria certo. Eu ficava receoso", disse Alok, pouco antes de subir ao palco. "Não tinha certeza de que o público poderia me aceitar. Eu vim do eletrônico, que é um segmento, um lifestyle muito fechado".

Além das apresentações em festivais do gênero, ele passou a fazer "feat" com artistas, como foi o caso de “Suave”, com Matheus e Kauan. O próximo é com Luan Santana. Para ele, a mistura foi uma necessidade por conta da crise econômica no país.

“Estamos vivendo um momento complicado. E isso faz com que as pessoas não queiram mais gastar com um show. Eles querem uma experiência completa. Eles guardam para ir a um evento que vai ter sertanejo, funk e eletrônico. Por isso que a cena de clubes praticamente morreu e um show hoje já não tem o mesmo peso”.

De olho nos dois públicos, ele conta que acaba criando sets completamente diferentes. Ou seja, assistir Alok em outro país é uma experiência diferente do que foi no VillaMix. “O segredo disso é entender e respeitar cada lugar”.

Ainda assim, o DJ abriu mão de chamar sertanejos no palco. Para apresentar a nova “Favela”, Alok convidou a norueguesa Ina Wroldsen, que cantou ao lado de músicos de orquestra. O final só não foi apoteótico por um problema no som do palco. Durante os cinco minutos finais da apresentação, as caixas do lado esquerdo emitiram um chiado alto e logo em seguida pararam de funcionar. O público chegou a vaiar.