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Após 45 anos na estrada, Kiss anuncia oficialmente sua turnê de despedida

Gene Simmons, vocalista e baixista do Kiss - Jhon Paz/Xinhua
Gene Simmons, vocalista e baixista do Kiss Imagem: Jhon Paz/Xinhua

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

19/09/2018 21h52

Após 45 anos de estrada e mais de 100 milhões de álbuns vendidos, o Kiss anunciou oficialmente nesta quarta-feira (19) a turnê mundial de despedida da banda. A informação foi revelada após apresentação do grupo na final da 13ª temporada do "America's Got Talent".

"Esta será nossa última turnê", disse o vocalista e guitarrista Paul Stanley. "Serão os shows mais explosivos e grandiosos que já fizemos. Para aqueles que nos amam, venham nos ver. Caso você nunca tenha nos visto ao vivo, agora é a hora. Este será o show".

No site da banda está escrito por enquanto que "mais informações serão divulgadas em breve". Quem quiser saber novidades antecipadas pode se cadastrar neste link.

Esta não é a primeira vez que o Kiss divulga uma turnê como se fosse a última, já que os shows realizados em 1996 com o o retorno dos integrantes originais Ace Frehley (guitarra) e Peter Criss (bateria) seriam teoricamente os finais. 

As especulações sobre a banda pendurar os instrumentos correm o meio musical desde fevereiro deste ano, quando Stanley apontou que as prioridades no momento eram sua família e que talvez o Kiss seguisse se apresentando sem nenhum dos seus integrantes da formação clássica - Gene Simmons ainda segue firme e forte no baixo.

Em seguida, o grupo patenteou a frase "The End of the Road" (o fim da estrada) no que diz respeito a "performances ao vivo de uma banda". 

Dois meses se passaram até que Stanley novamente comentasse mais alguns detalhes sobre "a maior turnê que fizemos até agora", com um projeto começando em 2019, mas negou que fosse um adeus aos fãs e indicou que adquirir os direitos de "The End of the Road" seria necessário apenas quando a hora chegasse.

Atualmente, a banda segue completa com Tommy Thayer nas guitarras e Eric Singer na bateria.

O legado

O Kiss foi formado em 1973 e o primeiro show foi para um público de três pessoas em um clube localizado no Queens, em Nova York. A banda estourou mundialmente com o sensacional disco homônico de estreia em 1974, com os clássicos "Nothin' to Lose", "Deuce" e "Black Diamond".

Aproveitando o sucesso, no mesmo ano o grupo lançou "Hotter Than Hell", alcançando mais críticas positivas da imprensa especializada e formando uma legião de fãs.

Capa do álbum de estreia do Kiss - Divulgação - Divulgação
Capa do álbum de estreia do Kiss
Imagem: Divulgação

O maior hit da banda veio no ano seguinte. "Rock and Roll All Nite" foi a última música de "Dressed to Kill" e segue ainda hoje como a canção mais popular do Kiss, fechando praticamente todas os shows do quarteto.

Entre mudanças de integrantes, a banda lançou o 20º álbum da carreira em 2012, "Monster", que lembrou em alguns momentos a fase clássica do Kiss. 

Mesmo com batalhas públicas entre os integrantes originais nas últimas décadaas -- com Stanley e Simmons de um lado e Frehley e Criss de outro --, o quarteto subiu ao palco na cerimônia do Hall da Fama do Rock em 2014 para ser homenageado. Desde então, a relação entre eles está bem melhor, com os membros atuais participando até do último disco do ex-guitarrista.

Os primeiros shows do Kiss em terras brasileiras foram em 1983 no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo. Já a última passagem dos americanos pelo país ocorreu em 2015, com cinco apresentações em capitais brasileiras.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do que foi publicado na primeira versão do texto, Peter Criss não era baixista do Kiss, e sim baterista.