Corrupção: livro revela como era o círculo íntimo de Leonardo DiCaprio
Uma investigação do FBI envolveu Leonardo DiCaprio em um escândalo de corrupção e lavagem de dinheiro. Os detalhes estão publicados no livro "Billion Dollar Whale", lançado recentemente por Tom Wright e Bradley Hope. A revista "The Hollywood Reporter" divulgou nesta terça-feira (18) um trecho do livro em que revela como as pessoas investigadas "compravam" um lugar no círculo íntimo de DiCaprio.
O livro traz os desdobramentos de uma investigação do FBI sobre o empresário Riza Aziz e sua produtora Red Granite Pictures, uma das principais produtoras do filme "O Lobo de Wall Street", com Leonardo DiCaprio no papel principal. A empresa foi acusada de usar US$ 100 milhões, supostamente desviados do fundo estatal da Malásia 1MDB (1Malaysia Development Berhad), para financiar o filme e lavar dinheiro.
Riza Aziz, que também é afilhado do ex-primeiro-ministro da Malásia Najib Razak, teria presenteado DiCaprio com uma viagem à Copa do Mundo da África do Sul, uma pintura do Basquiat, um quadro do Picasso e o Oscar que Marlon Brando ganhou em 1954. DiCaprio alegou que os presentes seriam leiloados e os valores doados para a caridade. Por conta das investigações, o ator entregou os presentes para as autoridades, inclusive o Oscar.
Entenda o caso
Os envolvidos no esquema teriam usado empresas de fachada para pagar dívidas de jogo em Las Vegas, iates de luxo alugados, um decorador de interiores, além de gastar US$ 35 milhões com uma empresa de jato particular.
Um dos investigados é Low Taek Jho, conhecido como Jho Low, chefe de investimentos do fundo 1MDB (1Malaysia Development Berhad). Ele é acusado de lavar mais de US$ 400 milhões desviados de fundos. No final de "O Lobo de Wall Street", o agente recebe agradecimento especial da produção dirigida por Martin Scorsese.
Criado pelo primeiro-ministro malaio Najib Razak, o fundo 1MDB teria como objetivo proporcionar bem-estar econômico e social ao país. Jho Low foi um dos idealizadores do fundo. A Justiça dos Estados Unidos apurou, no entanto, que o fundo se tratava de uma "complexa teia de transações usadas para lavar bilhões de dólares roubados do povo da Malásia".
Além de empregar o dinheiro para financiar o filme, orçado em cerca de US$ 155 milhões, a Red Granite teria usado o fundo estatal malaio também para adquirir imóveis em várias partes do mundo, avaliados em US$ 100 milhões.
De acordo com a Justiça americana, os direitos futuros sobre "O Lobo de Wall Street", que arrecadou US$ 392 milhões em bilheteria no mundo, estão agora sujeitos a confisco, assim como os bens da Red Granite.
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