"Jack Ryan": John Krasinski quer um "Missão: Impossível" para chamar de seu
John Krasinski é um daqueles atores que tem como sorte (ou azar) ser lembrado sempre por um papel. Por nove anos ele foi Jim Halpert em "The Office", sendo difícil distanciá-lo daquele cara legal que adora fazer piadas e que se casou com a colega de trabalho.
Mas Krasinski está há alguns anos tentando se "livrar" da comédia e provar que sabe ser plural. Apenas em 2018, o ator estreou como diretor no excelente suspense "Um Lugar Silencioso" e agora é um agente do serviço secreto em "Jack Ryan", que estreia nesta sexta-feira (31) na Amazon Prime.
O protagonista da série é um analista da CIA cuja missão é investigar transações financeiras suspeitas. O que parece ser um trabalho maçante vira um palco de guerra, com Jack abandonando o terno e a gravata para entrar direto na ação e impedir ataques terroristas.
Baseado na obra homônima de Tom Clancy, especialista em histórias sobre espionagens e serviços militares, Krasinski incorpora um papel muito diferente do que aquele que lhe deu fama.
Com uma produção caprichada e já com a segunda temporada confirmada, "Jack Ryan" não deve nada às franquias de espionagem que tanto amamos, como "Missão: Impossível", "Bourne" e "24: Horas". E a grande diferença para os títulos citados é que a série consegue ser muito mais "realista", e é isso que cativa tanto, ainda mais com Kraskinski liderando a investigação.
Não, você não vai ver o ator pendurado em um helicóptero como Tom Cruise faz, ou até mesmo salvando o mundo em um dia a lá Kiefer Sutherland. "Jack Ryan" explora os bastidores da guerra ao terror, o jogo entre governos e o drama psicológico dos soldados.
A série parece ser a consagração de Krasinski como um nome forte no mundo do entretenimento, uma performance aprimorada de "13 Horas: Os Soldados Secretos de Benghazi" (2013), filme de Michael Bay que marcou uma virada na carreira para o ator.
Por falar no cineasta, Michael Bay é produtor executivo dos oito episódios da primeira temporada, e prova que sabe ser funcional sem as explosões exageradas dos filmes "Transformers". Mesmo relatando os bastidores, "Jack Ryan" guarda momentos tensos de perseguição e ainda cenas excelentes de ação com o sem o seu protagonista.
O diferencial da nova aposta da Amazon Prime é criar histórias secundárias tão interessantes quanto apenas cansar a imagem de Krasinski. A série tenta mostrar que por trás de ataques terroristas há todo um sistema de exclusão e violência.
Não é uma tentativa de justificar os atentados, longe disso, mas uma forma de apresentar uma análise quase sociológica -- claro que dentro deu um formato de entretenimento -- de como funciona a cabeça dos soldados e dos terroristas, desde os traumas no campo de batalha até ver seu pai sendo morto quando você tinha 10 anos.
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