Apaixonada por Simone e Simaria, Laura Pausini diz que Brasil a deixou mais leve
Desde o primeiro momento em que pisou no Brasil pela primeira vez, em 1993, a italiana Laura Pausini desconfiou que já tenha sido uma brasileira em outras vidas. “Quando eu aterrissei no Rio de Janeiro fiquei impressionada. Eu não sabia falar português, mas entendia tudo”, contou ela em entrevista ao UOL.
Naquela época, Pausini tocava sem parar nas rádios e TVs com uma canção carregada nas tintas dramáticas, “La Solitude”. Muitos discos e fases passaram e a relação com o Brasil só evoluiu, assim como seu português.
Hoje, voltando ao país com a turnê do novo disco “Fatti Sentire”, ela aponta que seu segundo país lhe deu leveza. “Eu sou muito séria, muito profunda. Que bom que esse laço possa tocar nessa parte”, observa.
Essa mudança de humor se deu principalmente depois de Laura conhecer a dupla Simone e Simaria, com quem gravou a canção “Novo (Nuevo)”, que integra seu último trabalho. “Sabe quando você conhece algo novo depois de tantos anos? Você fica ‘bambino’, fica uma criança.”
Cantada em espanhol e português, a música deu a Laura frescor que percorre em todo o álbum, no qual ela trabalha pela primeira vez com produtores conhecidos do mundo da música, como Rik Simpson (Jay-Z e Coldplay), e o compositor Julio Reyes Copello (que já escreveu para Ricky Martin, Alejandro Sanz e Jennifer Lopez). “Agora parece que a gente precisa de uma música mais divertida, mais alegre”, defende.
Apaixonada pelas coleguinhas, Laura torce para que Simaria possa subir ao palco com ela e consiga a parceria na televisão. “As meninas se parecem muito comigo. Elas têm uma energia muito grande”.
UOL - Você fala português de uma maneira muito natural. Como aprendeu?
Laura Pausini - Foi uma coisa natural em 1993. Não existia a internet e eu cheguei fazendo televisão. Quando eu tinha oito anos eu ia a um Piano Bar com meu pai e lembro-me de aprender muito sobre a música brasileira. Quando eu aterrissei no Rio de janeiro, fiquei impressionada. Eu não sabia falar português, mas entendia tudo. Em cinco minutos, eu me senti em casa.
Desde então você nunca deixou de vir ao Brasil, acompanhando o país em muitas fases e movimentos musicais. Que tipo de país você encontrou nessa última vez?
Muitas coisas nesses últimos anos mudaram na minha vida e na vida do Brasil. Falo da cidade que eu mais conheço, que é São Paulo. Era tudo balada de rock. Agora parece que não escutam mais rock, é o ritmo que eu mais adoro. A música que está fazendo sucesso está mais popular agora, parece que a gente precisa de uma música mais divertida, mais alegre.
Isso foi uma descoberta para você?
Para mim, às vezes é mais difícil escrever letras mais ligeiras, mais alegres. Eu sou muito séria, muito profunda. Que bom que essa relação possa tocar nessa parte.
Seu disco “Fatti Sentire” absorve também o pop latino e o reggaeton. Você mesma quis criar essa ponte com produtores mais pop?
Sim. É muito importante, porque depois de 25 anos (de carreira), sempre fazendo do mesmo jeito, como eu posso dizer, muito padronizado, uma artista precisa de novidades, precisa se sentir curioso, sentir uma nova emoção, uma nova energia. Nem sempre funciona bem, mas não posso deixar de fazer.
Como você conheceu a Simone e Simaria?
Eu queria cantar em português, mas sempre diziam: “Não precisa, nós queremos que você cante em italiano mesmo”. Mas eu insistia. Quando eu escrevi a canção “Nuovo”, ela saiu em espanhol, com uma pegada mais latina. Aproveitei para apresentar ao pessoal da [gravadora] Warner para que encontrassem uma voz para me ajudar a cantá-la. Citaram Simone e Simaria. Elas têm uma voz muito forte, cantam muito bem. Quando vi um vídeo de um show delas, fiquei apaixonada. “Uau, as meninas se parecem muito comigo”. Elas têm uma energia muito grande, as pessoas acreditam que eu sou muito tímida, mas no palco eu fico super enérgica. Falei na hora para meu empresário: “Quero elas, por favor”. Duas horas depois, ele me ligou: “As meninas disseram sim”. Sabe quando você conhece algo novo depois de tantos anos? Você fica “bambino”, fica uma criança.
O quanto dessas novas influências estará nos shows aqui no Brasil?
Meu show está um pouco mais pop e ainda mais rock. Tem uma parte quando eu fico... espera um momento que eu vou traduzir (pausa)... com raiva, brava. Na mesma noite você pode escutar coisas muito diferentes, coisas muito românticas e coisas cheias de raiva. Coisas muito alegres e coisas para bailar.
Então você dança também?
Eu não sou tanto de dançar, mas eu tento.
Serviço
Laura Pausini
São Paulo
Onde: Citibank Hall
Quando: 20 e 21 de agosto, segunda e terça-feira, 21h30
Ingressos: De R$ 60 a R$ 700.
www.ticketsforfun.com.br
Brasília
Onde: Teatro Ulysses Guimarães
Quando: 23 de agosto, quinta-feira, 21h
Ingressos: De R$ 200 a R$ 800
www.eventim.com.br
Recife
Onde: Classic Hall
Quando: 25 de agosto, sábado, 22h
Ingressos esgotados (apenas camarotes disponíveis de R$ 200 a R$ 400)
www.eventim.com.br
Curitiba
Onde: Teatro Positivo
Quando: 27 de agosto, segunda, 21h
Ingressos: De R$ 400 a R$ 1.100
www.diskingressos.com.br
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