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5 motivos para todo fã dos "Simpsons" se viciar em "(Des)encanto", da Netflix

Cena da série "(Des)encanto" - Reprodução
Cena da série "(Des)encanto" Imagem: Reprodução

Rodolfo Vicentini

Do UOL, em São Paulo

18/08/2018 04h00

Um reino encantando onde uma princesa bêbada, um demônio e um elfo passam por inúmeras aventuras no mundo medieval. Esse é o tema de "(Des)encanto", a nova série de Matt Groening, responsável por "Os Simpsons" e "Futurama", que estreou nesta sexta-feira (17) na Netflix.

"(Des)encanto" é um presente para quem é fã de animações adultas e do tipo de humor de Homer e Philip J. Fry. 

Se esse currículo ainda não convenceu, listamos aqui cinco motivos para não perder a nova série, que mal estreou e já garantiu uma segunda temporada.

Personagens carismáticos

O trio principal da série é formado logo no primeiro episódio --e você já vai gostar deles de cara. Bean é uma princesa que passa horas no bar; Luci é um demônio maligno que quer propagar maldade no mundo; e Elfo é o oposto, uma criatura que está vendo o mundo pela primeira vez e que só tem pureza no coração. Cada um com características definidas e necessárias para enfrentar monstros e até casamentos indesejáveis.

Cena da série "(Des)encanto" - Reprodução/Netflix - Reprodução/Netflix
Cena da série "(Des)encanto"
Imagem: Reprodução/Netflix

Humor ácido

A animação de Matt Groening, como já era de se esperar, é cheia de surpresas e piadas excelentes. O humor negro que conhecemos de seus outros trabalhos parece perfeito até demais para o ambiente medieval, com ironias sobre peste bubônica, religião e crenças da época, como sereias e monstros mitológicos. A impressão que fica é a de que estamos entrando em uma Springfield séculos antes do que vemos na televisão e conhecendo um pouco mais dos antepassados dos Simpsons. 

Animação

Todo feito em 3D, "(Des)encanto" salta aos olhos com cores, animações e movimentação dos personagens. O desenho é bem produzido e a equipe por trás da série deu vida ao reino fictício com os traços que conhecemos de "Os Simpsons" e "Futurama". Em algumas cenas fica evidente a qualidade gráfica do projeto, como o atrapalhado troll que tem os dois olhos perfurados ou a sessão de exorcismo que Bean recebe.

Cena da animação "(Des)encanto" - Reprodução - Reprodução
Ninguém alcança Elfo, Bean e Luci
Imagem: Reprodução

Episódios separados

Sabe aquela ideia de não ficar tão perdido na história caso você perca algum episódio? A parte boa aqui é que a história não segue uma trajetória comum, contando pequenas esquetes em episódios de meia hora. O formato funciona e é fácil de querer acompanhar o que vai acontecer com Bean, Luci e Elfo, sempre com histórias criativas que podem acontecer até longe do reino da princesa protagonista.

Matt Groening

O criador de "(Des)encanto" merece toda a atenção. Ele não só criou a animação ao lado do parceiro criativo de longa data Josh Weinstein, como desenhou os esboços originais dos personagens e supervisionou o roteiro. É impressionante como depois de tanto tempo e de tantos projetos, Matt ainda tenha história para contar e se manter atual, sempre com personalidade. Na nova série, ele questiona a igreja, a sociedade patriarcal e transforma um conto de fadas em algo mais "real", apesar de tantos personagens mitológicos e cenas impossíveis acontecerem.