Johnny Hooker critica cancelamento de show: "Extremistas não podem vencer"
Johnny Hooker criticou o cancelamento de seu show na 17ª Parada da Diversidade de Teresina, que seria realizada no próximo dia 26. O cantor, que seria atração principal do evento, foi substituído por Pabllo Vittar após ter sofrido ameaças por dizer que "Jesus é travesti", durante o Festival de Inverno de Guaranhuns (FIG), no último dia 27.
"Eu não disse que era. Eu disse que é. É diferente. Não falei da figura histórica, e sim do que a figura representa", explicou Hooker em entrevista no 29º Prêmio da Música Brasileira, no Rio de Janeiro. Para o cantor, o cancelamento da apresentação abriu um precedente "delicado" contra a comunidade LGBT.
"Não foi uma decisão minha cancelar o show em Teresina, foi uma decisão deles. Eu acho delicado, porque abre um precedente ruim para a comunidade LGBT no Brasil. A gente não pode dar a vitória para pessoas com discurso de ódio nem extremistas", analisou.
As ameaças, porém, não o abalaram. "Amar sem temer. Sem temer", disse Johnny Hooker. Segundo o Grupo Matizes, organizador da 17ª Parada da Diversidade de Teresina, o show foi cancelado por questões de segurança.
"O cantor Johnny Hooker não se apresentará mais no show de encerramento da 17ª Parada da Diversidade, vez que os órgãos de segurança e tampouco o Matizes, dispõem de mecanismos para evitar que as ameaças de 'dar uma surra', 'rebolar pedras', 'queimar esse bicho vivo' (sic) sejam concretizadas por aquelas pessoas que as fizeram, haja vista que o evento acontece em espaço aberto', diz a nota do Grupo Matizes.
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