Múmias, vampiros e fantasmas: por que você precisa ver "Turismo Macabro"
As férias estão chegando e não sabe onde gastar o seu suado dinheirinho? A série "Turismo Macabro", disponível na Netflix, pode te ajudar na busca por lugares únicos. Isso, claro, se você sente uma atração por mistérios, coisas bizarras e fenômenos sombrios.
O projeto é comandado pelo jornalista neozelandês David Farrier, que percorre o mundo mostrando as atrações estranhas que atraem milhares de turistas. O jeitão desengonçado e hipster do apresentador favorece o bizarro, ainda adicionando umas pitadas de senso de humor em temas um tanto incomuns.
O coitado pega um taxista sósia de Pablo Escobar, enfrenta níveis perigosos de radiação perto da tragédia em Fukushima, vê múmias sendo celebradas e virando alvos de selfies, se desespera com uma recriação da Segunda Guerra Mundial onde pessoas se vestem de nazistas e ainda conhece vampiros que realmente tomam sangue humano.
Descrevendo alguns detalhes dos episódios, parece que a série é apenas um grande "catadão" de bizarrices para atrair atenção do público, mas o objetivo é justamente entender uma cultura diferente da nossa, seja na forma como os mexicanos celebram os mortos ou como os sul-africanos vivem reclusos na pobreza.
Por outro lado, também vemos situações de descaso do próprio governo e da adoração mórbida das pessoas com certos temas. Também é preciso ressaltar que há momentos não recomendados para aqueles com estômago fraco. Um pequeno spoiler que pode ser importante para os desavisados.
David acompanha as atrações macabras e, em boa parte, usa da ironia para dar o tom da série. Por outro lado, é perceptível quando se assusta com algo, como poder atirar em uma vaca ou entrar na floresta com a maior taxa de suicídios do mundo.
No final de cada episódio -- a primeira temporada está completa na Netflix -- ele ainda faz uma análise do que aconteceu e não tenta encenar ou criar algo sensacionalista apenas para que o público continue vendo a série. O apresentador é cometido em suas crenças e carrega a ideia do lado sociológico de "Turismo Macabro".
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