Topo

Longe da TV aberta, Pathy Dejesus estrela quatro séries em menos de um ano

Pathy Dejesus em "Desnude", "Rotas do Ódio", "Rua Augusta" e "Desencontros" - Divulgação e Montagem UOL
Pathy Dejesus em "Desnude", "Rotas do Ódio", "Rua Augusta" e "Desencontros"
Imagem: Divulgação e Montagem UOL

Beatriz Amendola

Do UOL, em São Paulo

09/08/2018 04h00

Pathy Dejesus não sai da TV paga. Em 2018, a atriz estrelou nada menos do que quatro séries brasileiras: “Desnude” (GNT), “Rua Augusta” (TNT), “Rotas do Ódio” (Universal TV) e “(Des)Encontros”, que estreou no canal Sony em 23 de julho. No próximo ano, será a vez do streaming: Pathy já está gravando “Coisa Mais Linda”, uma das novas séries nacionais da Netflix.

Longe da TV aberta desde 2015, quando atuou na novela global “I Love Paraisópolis”, a artista de 41 anos acabou chegando às séries no momento em que direcionou seus esforços para chegar a outra tela, a do cinema – o que não significa que ela não pretenda explorar outros formatos, ou mesmo voltar à TV aberta.

“Hoje o meu foco é o cinema, e a série tem uma linguagem muito próxima disso, mas não descarto outras possibilidades, também, como novelas”, diz Pathy ao UOL. “No geral, eu me importo mais com a história que vou contar do que a plataforma em que o trabalho estará. Quero passar uma mensagem de conteúdo relevante para o público, seja ela qual for. Sou muito grata por esse primeiro semestre ter sido tão especial e ter rendido tantos frutos para mim.”

Pathy Dejesus estará em mais uma série em 2019: "Coisa Mais Linda", da Netflix - Lu Prezia/Divulgação - Lu Prezia/Divulgação
Pathy Dejesus estará em mais uma série em 2019: "Coisa Mais Linda", da Netflix
Imagem: Lu Prezia/Divulgação

Parte de um novo contingente de atores que não ficam mais atados exclusivamente à Globo, como Bianca Comparato, Fernanda Vasconcellos e Marco Pigossi, a atriz comemora a possibilidade de atuar em várias frentes. “Qualquer mudança que abra ainda mais as oportunidades do mercado de trabalho é válida. Hoje, temos uma licença muito maior em fazer diversos projetos. Profissionalmente, isso é essencial, uma vez que o artista sempre precisa ter novas experiências e abrir os horizontes.”

Representatividade

As personagens às quais Pathy deu vida neste ano não poderiam ser mais diferentes entre si: a Laura de “Desnude” é uma mulher que repensa o casamento após perceber que o casal do apartamento ao lado fazia sexo várias vezes; a Nicole de “Rua Augusta” é uma stripper; já a Jaqueline de “Rotas do Ódio” era uma mãe solteira, estuprada e assassinada; e a Ana Paula de “(Des)Encontros”, por fim, é uma advogada de sucesso, sócia de um grande escritório.

Cada uma delas trouxe um desafio próprio à atriz. “Cada personagem me desafiou de diferentes formas, mas o maior de tudo é encontrar o tom certo para cada uma, encontrar suas particularidades e a sua essência”, afirma. “Por exemplo, com a Nicole, de ‘Rua Augusta’, nós tentamos humanizá-la o máximo possível, mostrar para as pessoas que ela é uma mulher que sofre, que ama, que ri e chora... E só é possível fazer isso quando encontramos realmente a personagem no contexto da história”.

Em um momento em que se fala cada vez mais da importância da representação de mulheres e negros nas telas, Pathy acredita que o mercado do audiovisual ainda tem muito a melhorar. “Hoje temos uma melhora no mercado de trabalho artístico, mas ainda está longe de ser o ideal. Ainda falta muito para conseguirmos ficar tranquilos com os nossos direitos como mulheres, nossa representatividade em profissões de destaque – seja no meio artístico ou em qualquer outro. Para a mulher negra, é ainda mais difícil”.

Por isso, a oportunidade de viver Ana Paula em “(Des)Encontros” foi particularmente bem-vinda. “Foi um papel que fiquei contente em fazer também, uma vez que vem na contramão de muito papel estereótipo que temos na dramaturgia”.

“Belíssima”

Além das séries, Pathy Dejesus pôde ser vista ainda em outro papel na TV: uma rápida participação em “Belíssima”, novela que está sendo reprisada no “Vale a Pena Ver de Novo”.

“Foi uma micro participação, a primeira que fiz. Mas com certeza tenho boas memórias. Todos os trabalhos que fiz, sejam eles grandes ou pequenos, formaram a profissional que sou hoje”, diz a atriz, que após o folhetim de Gilberto Braga atuou em outras novelas da Globo e da Record e foi VJ da MTV, antes de passar ao posto de repórter do “Vídeo Show”, em que ficou entre 2013 e 2014.