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Mansão e obras de curador do MoMA estão à venda por US$ 6,5 mihões

Interior da mansão que pertenceu a William Rubin, repleta de obras de arte - Christie"s International Real Estate
Interior da mansão que pertenceu a William Rubin, repleta de obras de arte Imagem: Christie's International Real Estate

James Tarmy

Da Bloomberg

03/08/2018 19h14

William Rubin (1927-2006), chefe do prestigiado departamento de pintura e escultura do Museu de Arte Moderna (MoMA) nas décadas de 1970 e 1980, é amplamente reconhecido por ter transformado a coleção da instituição de um tesouro em uma potência.

Em meados dos anos 1990, ele se tornou diretor emérito do departamento e estava ocupado trabalhando naquela que seria sua última grande exposição, Picasso and Portraiture, inaugurada em abril de 1996 com mais de 220 obras.

Rubin morava em Nova York, mas passou grande parte do ano anterior à exposição em seu apartamento na Flórida, um período que coincidiu com um El Niño particularmente desagradável. "Ele decidiu que o sol brilhava mais em Nova York do que na Flórida", diz sua viúva, a curadora e assessora de arte Phyllis Hattis. "Então começamos a procurar um lugar mais perto da cidade."

Pouco depois, eles encontraram uma casa em Pound Ridge, Nova York, que foi projetada por Vuko Tashkovich, um arquiteto que havia começado a carreira no escritório de I.M. Pei. "Ele não era um arquiteto rico", diz Hattis sobre Tashkovich, "então ele ocupava cada uma das casas que construiria - e depois, quando a vendia, ele comprava outra propriedade e construía nela."

Mansão conta com piscina coberta  - Christie's International Real Estate - Christie's International Real Estate
Mansão conta com piscina coberta
Imagem: Christie's International Real Estate

Quando compraram a casa que, segundo Hattis, custou "mais de US$ 4 milhões", o imóvel não estava completamente terminado, por isso o casal teve total liberdade para criar o interior e o paisagismo. "Esteticamente, o interior não era tão articulado quanto queríamos, nem do modo que queríamos", diz Hattis.

Após algumas pequenas reformas, o casal se mudou para o imóvel e usou-o como casa de férias até 2006, quando Rubin faleceu, aos 78 anos. Hattis continuou usando a casa durante os dez anos seguintes, mas agora decidiu colocá-la no mercado por US$ 6,5 milhões (cerca de R$ 24,1 milhões), listando-a com a Neumann Real Estate, uma afiliada da Christie's International Real Estate.

Interior da mansão que pertenceu a William Rubin, repleta de obras de arte - Christie's International Real Estate - Christie's International Real Estate
Interior da mansão que pertenceu a William Rubin, repleta de obras de arte
Imagem: Christie's International Real Estate

Casa e obras de arte

A casa, que tem cinco quartos e seis banheiros espalhados por quase 870 metros quadrados, fica em um terreno de 1,4 hectare com vista para o lago Mallard, a cerca de 50 minutos de carro ao norte de Nova York.

Rubin, que era conhecido por sua própria coleção de arte, e Hattis começaram a encher a casa com o que ela diz ser uma combinação de obras tribais e modernas.

Enormes quadros de Frank Stella ainda estão pendurados nas paredes; em certo momento, diz Hattis, a casa tinha obras de Hans Arp, Alexander Calder e Donald Sultan.

Várias obras de arte se alternaram nas paredes. "Alguns artistas já não temos mais na casa, mas isso só ocorreu porque a coleção foi mudando um pouco", diz Hattis. "Houve momentos em que tivemos que levantar algum dinheiro e precisamos vender algumas obras."

Agora, ela diz, está "aguentando firme" e colocando a casa no mercado, "uma decisão muito difícil de tomar". As obras de arte que permanecem nas paredes podem ser "incorporadas à coleção" que está em seu apartamento em Nova York. Ou talvez, continua ela, "elas encontrem um novo lar algum dia".