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Disney briga para não ser ligada a acusações de assédio de Harvey Weinstein

Harvey Weinstein na chegada à corte dos EUA para se declarar inocente da acusação de estupro, em junho - Eduardo Munoz Alvarez/AFP
Harvey Weinstein na chegada à corte dos EUA para se declarar inocente da acusação de estupro, em junho Imagem: Eduardo Munoz Alvarez/AFP

Caio Coletti

Colaboração para o UOL

30/07/2018 12h59

A Walt Disney Company quer seu nome retirado de um processo por assédio sexual contra Harvey Weinstein. Na época dos incidentes alegados pelas várias vítimas que trouxeram suas denúncias à justiça, Weinstein comandava o estúdio Miramax, uma subsidiária da Disney.

Segundo o "The Hollywood Reporter", os advogados da Disney argumentaram que as vítimas não tem evidências de que o estúdio tinha conhecimento do comportamento inapropriado de Weinstein, ou que agiu de qualquer forma para acobertá-lo.

As atrizes Caitlin Dulany ("Projeto X"), Larissa Gomes ("Jogos Mortais") e Melissa Thompson ("Atomic Kingdom") lideram o processo contra Weinstein, que está em trâmite na justiça americana desde 1º de junho. Segundo elas e seus advogados, a Disney deveria ser responsabilizada "pelo menos por negligência na supervisão das atividades da Miramax".

"A Disney sabia, ou deveria saber, que Weinstein não só não podia ser confiado para trabalhar com mulheres, como também representava um risco considerável para elas", comentam as acusadoras em declaração oficial.

A resposta da Disney é que nenhum dos casos em que Weinstein teria assediado as atrizes aconteceu em propriedades do estúdio. "Alegações sobre a Miramax, que não é mais uma subsidiária da Disney, são irrelevantes, já que as duas empresas são entidades separadas. A Miramax tinha total autonomia para operar sem interferência da Disney", dizem.

Weinstein, citado por mais de 60 mulheres em denúncias de assédio sexual e estupro, atualmente aguarda julgamento em liberdade, em Nova York.