64% das roteiristas já foram assediadas nos EUA, aponta estudo
64% das mulheres que atuam como roteiristas nas produções de cinema e TV de Hollywood dizem já ter sido vítimas de assédio sexual no ambiente de trabalho. O número vem de uma pesquisa conduzida pelo WGA, sindicato americano de roteiristas, e reportada nesta quinta-feira (26) pela revista Variety.
Mais de 2.000 mulheres e homens foram ouvidos durante a condução da pesquisa. Entre os homens, 11% dos roteiristas filiados ao sindicato disseram ter sofrido assédio sexual no set ou em outros ambientes de trabalho.
"Muitos outros roteiristas nos disseram que foram testemunhas de assédio", escreveu a diretoria do WGA em declaração oficial. "Aqueles que dividiram conosco suas próprias histórias e incidentes nos deram um insight em primeira pessoa do quanto é urgente e essencial abordar esse assunto no nosso ramo."
Uma "quantidade significante" dos incidentes de assédio aconteceram, segundo o texto do WGA, dentro das "salas de roteiristas" de séries de TV, onde todos os escritores se reúnem, normalmente com os chefões presentes, para definir o rumo da trama e trazer ideias para a mesa.
Desde o final do ano passado, Hollywood tem visto um grande número de denúncias de assédio sexual em diversas áreas do entretenimento. Nomes como o do produtor Harvey Weinstein, o jornalista Charlie Rose, o ator Kevin Spacey e o comediante Louis C.K. foram envolvidos em denúncias de gravidade e consequências variadas.
Weinstein, o primeiro a ser acusado, acabou preso pela polícia de Nova York graças a duas denúncias específicas de assédio, levantadas pela publicitária Lucia Evans e por uma segunda mulher, que permaneceu anônima. O produtor atualmente aguarda julgamento em liberdade.
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