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Como os bonecos Funko se tornaram reis da cultura pop na Comic-Con

Bonequinhos ganharam até painel na Comic-Con para mostrar novidades - Instagram/Reprodução
Bonequinhos ganharam até painel na Comic-Con para mostrar novidades Imagem: Instagram/Reprodução

Osmar Portilho

Colaboração para o UOL

20/07/2018 11h41

Enquanto fãs de Marvel e DC seguem em uma batalha sem fim, um inofensivo bonequinho de vinil com apenas 9,5 cm de altura tem abocanhado o reinado como ícone da cultura pop. Como aponta um artigo da do site Cnet nesta sexta-feira (20), os Funkos são presença massiva na San Diego Comic-Con 2018 e se tornaram item quase obrigatório para admiradores do mundo geek.

"Hoje em dia não basta ser fã de alguma coisa. Você veste e acena sua bandeira, mesmo que ela seja um bonequinho de vinil", diz o artigo. Parte do sucesso dos bonequinhos Funko, que são inegavelmente fofos, é o seu acerto preciso para lançar figuras de séries, franquias e personagens que estão em alta, além de um catálogo diverso: são 454 marcas licenciadas até hoje.

"O fato é que seu valor se tornou tão alto porque é uma maneira sem culpa de alimentar um prazer", disse Stephanie Wissing, consultora da agência Jefferies, ao site. Nos Estados Unidos, eles têm o preço inicial por volta de US$ 10, o que logo se acentua no mercado de trocas e da raridade de alguns modelos.

O valor, que pode parecer pequeno, rendeu para a companhia a cifra de US$ 137 milhões no primeiro trimestre de 2018, um crescimento de 39% em relação ao mesmo período no ano anterior.

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É inegável que essa versatilidade de se adaptar com aquilo que está "em alta" fez com que os Funkos se renovassem o tempo todo. "Se você tem novos conteúdos para disponibilizar nas plataformas, você nunca ficará esgotado de novas ideias para manter tudo isso fresco e novo", disse Brian Mariotti, CEO da empresa na Comic-Con.

Com seus olhos gigantes, corpos minúsculos e cabeça enorme, os Funkos viraram objeto de desejo de fãs de personagens de filmes e principalmente super-heróis. De acordo Mike Becker, criador da empresa em 1998, Brian é o grande responsável pelas dimensões que o negócio se tornou hoje.

Figuras colecionáveis POP Vinyl da Funko, comThundercats e Game of Thrones - Reprodução - Reprodução
"Todo mundo é fã de alguma coisa", diz slogam da empresa
Imagem: Reprodução

"Funko nunca teria chegado onde está hoje sem o Brian. Ele levou a marca em direções diferentes e com uma visão que eu nunca tive", completou.

Sua principal aposta inicial foi licenciar três marcas que teriam retorno garantido: DC, Marvel e Star Wars.

E o resultado cresceu em todas as direções do universo geek, transformando personagens de games e atores de séries em bonequinhos.

"Eles atraem seu olhar", disse Victor Vega, dono da loja Cali Collectibles, na Califórnia, que vive exclusivamente da venda dos colecionáveis. Segundo ele, as pessoas que compram em sua loja gastam entre US$ 200 e US$ 300 nos bonecos.

Na San Diego Comic-Con, a devoção pelos Funkos criou um novo fandom e um novo mercado de troca dos colecionáveis. Canais de YouTube nasceram com o único intuito de debater os bonequinhos e exibir seu modelos mais raros que podem custar até milhares de dólares.

"A ideia de correr atrás de coisas que você ama é muito, muito importante", explicou Mariotti. Muitos podem até pensar que a mania dos Funkos seja passageira, mas o CEO da empresa tem planos maiores para mais do que um ou dois anos.

"Eles existirão por mais de 50 anos. Vão ficar por aí bem depois que eu estiver morto e enterrado".