Pussy Riot critica trato da polícia e pode pagar multa por invasão na Copa
As autoridades russas não deixaram passar batido a invasão de campo feita por integrantes do grupo punk Pussy Riot, reconhecidas ativistas feministas. Eles - três mulheres e um homem - foram acusados formalmente e podem ser multados pelo protesto e seguem detidos. O grupo criticou as condições com que são tratados pela polícia.
O quarteto invadiu o gramado durante a partida entre França e Croácia. As acusações são duas: invadir um espetáculo de esportes e usar uniformes policiais ilegalmente.
Pelas duas ofensas, as multas podem chegar a 11,5 mil rublos, algo próximo a R$ 800, de acordo com a "BBC".
Os quatro integrantes do grupo que invadiram o campo passaram a noite em uma estação policial e serão levados a um tribunal para responderem às violações.
"Situação atual: os 4 integrantes do Pussy Riot passaram a noite toda na estação policial (notem que não havia condições para dormir, comer e tomar banho) e ainda estão lá - para serem levados ao tribunal. Eles estão encarando acusações por ofensas administrativas até aqui", tuitou o grupo.
As três mulheres foram identificadas como Nika Nikulshina, Olga Kurachyova e Olga Pakhtusova. O homem é Pyotr Verzilov, marido de Nadezhda Tolokonnikova - uma das presas em 2012.
O Pussy Riot admitiu o protesto e disse que foi um ato contra os abusos contra os direitos humanos na Rússia. Seguranças tiveram de retirar os invasores do campo, o que aconteceu no segundo tempo da partida e interrompeu a disputa por menos de um minuto.
Os protestos do grupo são comuns. Em 2012, três mulheres foram presas por tocarem uma música contrária a Vladimir Putin na catedral de Moscou.
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