Bourdain viu Weinstein morto e chamou Clinton de "nojento" em entrevista


Felipe Branco Cruz
Do UOL, em São Paulo
16/07/2018 10h09
O apresentador Anthony Bourdain, que morreu aos 61 anos em 8 de junho de 2018, era conhecido por suas opiniões fortes sobre os mais diversos assuntos. Em uma entrevista inédita, feita em fevereiro pela revista "Popula", o chef falou sobre carreira, viagens e também sobre política e o movimento #MeToo.
Uma das questões abordadas por ele foi sobre o comportamento do ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton. Bourdain o chamou de "pedaço de merda" e o descreveu como "nojento" por causa do escândalo sexual em que ele esteve envolvido com a ex-estagiária Monica Lewinsky.
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Para Bourdain, o comportamento de Clinton foi inaceitável, porém insuficiente para um pedido de impeachment. "Eu nunca, sob nenhuma circunstância, votaria em Bill Clinton hoje. Mas acho que impugnar o cara por Lewinsky era ridículo".
O chef também discutiu as acusações de assédio sexual contra o produtor Harvey Weinstein. "Por mais que as pessoas queiram ver Harvey Weinstein morto ou na cadeia, ele está agora no Arizona". Na ocasião, o executivo tinha sido flagrando jantando em um restaurante no estado americano.
"Ele precisa ir a algum lugar", Bourdain disse. "Então, o Arizona, tanto quanto eu, gostaria de vê-lo preso e espancando até a morte em sua cela", afirmou. Em seguida, Bourdain imaginou como Weinstein morreria, após sofrer um derrame dentro do banheiro. "Ele morre assim, sabendo que ninguém vai ajudá-lo".