Em 18 meses, 190 são demitidos nos EUA por assédio ou atos condenáveis
Pelo menos 414 executivos e funcionários de destaque de diversas áreas e setores foram demitidos ou afastados por causa do movimento #MeToo em 18 meses, segundo dados coletados por uma consultoria de crise com sede em Nova York.
O estudo analisou artigos de notícias nos EUA que destacaram pessoas por assédio sexual ou outros atos condenáveis semelhantes, disse Davia Temin, cuja empresa Temin & Co. realizou a pesquisa. Foram incluídos indivíduos com pelo menos sete menções nacionais diferentes. Entre eles havia celebridades como Bill Cosby e Louis CK, mas a grande maioria são executivos de empresas e chefes de negócios como o CEO da Intel, Brian Krzanich, que pediu demissão na semana passada após a revelação de que teve um caso com uma funcionária.
Das 414 pessoas acusadas, 190 foram demitidas ou deixaram o emprego. Outras 122 foram colocadas de licença ou suspensas ou enfrentam investigações desde dezembro de 2016. Para cerca de 69 pessoas não houve repercussões. Nos últimos meses, o índice de acusações vem diminuindo, mas a porcentagem de pessoas que estão sendo demitidas aumentou, disse Temin.
"Isso começou a se transformar em um tsunami depois de Weinstein, o que desencadeou outras histórias no mesmo setor e depois em todos os setores", disse Temin. "Acho que o ritmo se consolidou em um novo nível, certamente maior do que tudo o que tivemos antes."
Apenas oito dessas pessoas, como Krzanich, estariam envolvidas em relações consensuais. Das 414 pessoas acusadas, sete não são homens. Em grande parte, o comportamento está relacionado a incidentes que podem ter ocorrido há muito tempo, mas que vieram à tona agora com a queda da tolerância e pelo fato de a imprensa estar mais interessada no assunto.
"As pessoas estão examinando o assunto com olhos de águia", disse Temin. "As mulheres compreendem um pouco melhor seu poder coletivo e estão usando-o."
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