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5 coisas que funcionam na nova temporada de "Luke Cage", e 1 que pode melhorar

Cena de "Luke Cage" - Divulgação
Cena de "Luke Cage"
Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

22/06/2018 04h00

“Luke Cage” retorna nesta sexta-feira (22) com um feito digno de nota: é a primeira série da parceria entre Marvel e Netflix que voltou (bem) melhorada para sua primeira temporada. Nem todos os problemas foram resolvidos, mas a produção sobre o herói á prova de balas parece finalmente ter encontrado seu caminho depois de uma estreia bagunçada e arrastada.

Entre novos personagens e mudanças na história, listamos o que deu certo no novo ano de “Luke Cage” – e o que a série ainda precisa melhorar.

Deu certo

O vilão

Mustafa Shakir é o vilão Bushmaster na segunda temporada de "Luke Cage" - David Lee/Netflix - David Lee/Netflix
Mustafa Shakir é o vilão Bushmaster
Imagem: David Lee/Netflix

A primeira temporada penou nos episódios em que o principal vilão era Cascavel, o meio irmão de Cage: a história soava forçada e incoerente, tornando difícil a missão de prosseguir até o final. Mas na segunda o herói tem um rival à altura com Bushmaster, alterego de John McIver (Mustafa Shakir): líder de uma gangue de jamaicanos, ele está obstinado a tomar o Harlem para si e a destruir Mariah (Alfre Woodward) por conta de uma antiga rixa familiar. Também equivalente a Luke em termos de força, Bushmaester tem personalidade – e uma história pessoal e motivações que o tornam realmente interessantes.

As atuações

Não que elas fossem ruins na primeira temporada, mas elas chegaram a um novo nível na segunda. Mike Colter, desobrigado de contar uma história de origem, traz mais carisma e profundidade aos altos e baixos de Luke; e, de quebra, encontra uma figura interessante no Bushmaster de Mustafa Shakir, que apesar de brutal também se mostra carismático. Simone Missick está ainda melhor como Misty Knight, que após perder o braço em “Os Defensores” tem que aprender a lidar com sua nova condição enquanto reconhece que seu antigo parceiro, Scarfe, era um policial corrupto. O maior destaque é o falecido Reg E. Cathey, que entrega uma performance comovente como o pai de Luke.

As participações especiais

Danny Rand (Finn Jones), o Punho de Ferro, e Luke Cage (Mike Colter) em cena da segunda temporada de "Luke Cage" - David Lee/Netflix - David Lee/Netflix
Danny Rand (Finn Jones), o Punho de Ferro, e Luke Cage (Mike Colter)
Imagem: David Lee/Netflix

Depois de “Os Defensores”, já era certo que as participações especiais entre  os shows da Marvel na Netflix iriam se tornar mais frequentes – e “Luke Cage” veio mostrar que elas podem funcionar e. Danny Rand (Finn Jones) e Collen Wing (Jessica Henwick) aparecem pouco, mas garantem momentos que são entretenimento puro e devem agradar aos fãs dos quadrinhos.

O humor

Ainda que lide com traumas familiares e violência, o novo ano de “Luke Cage” é bem mais descontraído que seu antecessor. A fama recém-adquirida de Luke é fonte de alguns dos momentos mais divertidos do roteiro, que encontra respiros também nas participações do elenco de “Punho de Ferro”.

A trama sobre família e comunidade

Logo no começo da temporada, parece que a celebridade de Luke irá ditar os rumos da história. Mas o que se vê é uma trama, bem mais interessante, sobre família, legado e comunidade. Esses temas pesam, de diferentes formas sobre os personagens, seja no relacionamento de Luke com seu pai, ou no de Mariah – que tenta deixar a vida de crimes para trás – com a filha Tilda (Gabrielle Dennis), uma das novas personagens da série. São, eles, também, que estão por trás da investida de Bushmaster sobre o Harlem, e fazem com que o espectador, às vezes, consiga até simpatizar com o vilão. A noção de comunidade se estende inclusive para uma discussão sobre imigração, tema que se tornou constante nos noticiários internacionais.

O que precisa melhorar: o ritmo

A necessidade de fazer 13 episódios é uma praga que afeta todas as séries da Marvel na Netflix, fazendo as histórias se estenderem muito além do necessário. A segunda temporada de “Luke Cage” não é exceção, e traz muitos momentos que poderiam ser condensados ou descartados de uma vez. É importante reconhecer que houve grande melhora nesse quesito em relação ao primeiro ano da série – mas isso não significa que não haja (muito) espaço para melhoria.