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Shinoda fala da situação atual do Linkin Park: "Não dá pra chamar qualquer mané"

Mike Shinoda e Chester Bennington durante show do Linkin Park no iHeartRadio Theater em Burbank, na Califórnia - Getty Images
Mike Shinoda e Chester Bennington durante show do Linkin Park no iHeartRadio Theater em Burbank, na Califórnia Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

19/06/2018 13h47

A pergunta de um milhão de dólares no Linkin Park, como o tecladista e vocalista Mike Shinoda mesmo disse, é saber quem pode substituir Chester Benington à frente do grupo. E, por enquanto, parece que o norte-americano não tem ideia da resposta. Em entrevista à "Rolling Stone", ele falou das dificuldades de recolocar o grupo em movimento.

Shinoda lançou há poucos dias seu álbum solo, “Post-Traumatic”, em que o principal assunto é a perda do colega de banda e como foram os meses subsequentes ao suicídio de Chester.

Apesar de isso ajudá-lo a seguir adiante, o músico afirma que, quanto ao Linkin Park, a imagem à frente ainda não é clara. E uma das razões para isso foi rever o show em tributo a Chester, com estrelas como Jonathan Davis (Korn) e M. Shadows (Avenged Sevenfold) em ação, cantando músicas da banda.

“Na semana após o show, eu fiquei ouvindo algumas vezes e pensando: ‘Deus, esses caras são todos ótimos vocalistas, mas nenhum deles é Chester'. Ele tinha um tom e um alcance tão específicos, um alcance incrível”, relembra Shinoda.

“Ele podia cantar em qualquer estilo. Isso tudo levou a conversas sobre o que fazer depois. E ficou óbvio que não podemos simplesmente contratar qualquer mané para subir no palco e cantar com a gente, porque ele não vai chegar à metade do que Chester fazia”, completou ele.

Shinoda ainda avaliou a pressão por que passa. “Uma das coisas mais difíceis desse último ano é que tudo que faço é visto com a lente deste ano. Quando estava escrevendo o disco, fiquei me perguntando se podia dizer isso ou aquilo. Mas acho que fui verdadeiro para alguém que passou por tudo isso.”

Ainda relembrando Chester, Shinoda o descreveu como se fosse alguém com o volume sempre alto. “Ele não era alto só no volume, mas na personalidade. A gente brincava que ele podia ir a qualquer lugar que faria amigos. Ele era um cara muito divertido, mas ao mesmo tempo complicado”, opinou.