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Fãs estão carentes de coisas antigas, diz Simony em volta do Balão Mágico

Tob, Simony e Mike: 35 anos depois, o grupo infantil Balão Mágico volta aos palcos Imagem: Mariana Pekin/UOL

Guilherme Machado

Do UOL, em São Paulo

16/06/2018 04h00

O Balão Mágico, grupo musical que fez sucesso nos anos 80, criou um verdadeiro alvoroço ao retornar após 30 anos longe dos palcos durante a Virada Cultural de São Paulo. Já no Milkshake Festival, no Sambódromo do Anhembi, o público era menor, mas o grupo agitou os presentes da mesma forma.

Agora, o Balão realiza mais um show na casa de espetáculos Tom Brasil, localizada na Zona Sul de São Paulo. Os membros da banda vibram com o retorno, que segundo eles, não foi planejado com antecedência.

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“O Balão não tem gênero, é uma coisa que sempre foi para crianças. Você nunca pode virar e falar: eles são mais para o samba, eles são para o pop, eles são para o rock. Remete a gente a uma época muito inocente. Todos eram crianças, todos gostavam do Balão, ele sempre vai ter um lugar especial no coração das pessoas. Isso é muito bonito de ver, os comentários que a gente tem recebido são coisas maravilhosas”, relatou Mike, um dos integrantes do grupo, durante o Milkshake Festival.

Os sentimentos deles também são compartilhados por Simony, a única mulher do trio: “É uma coisa atemporal. O Balão é para todas idades. Nosso show não tem faixa etária”.

Para ela, as pessoas estão com saudades dos sucessos de antigamente. “As pessoas estão carentes de coisas antigas, elas sentem falta. Não posso dizer que sentem falta de música de qualidade, não é isso. As coisas evoluem, mudam. Só que tem coisas que são para sempre. Por exemplo, Blitz, se o Blitz fizesse o reencontro eu iria no show, sou apaixonada”, opina a cantora.

Para Tob, o terceiro integrante, a vontade de retornar a um mundo antigo também reforça a volta do Balão Mágico. “A coisa mudou muito hoje. A gente está em outro patamar, muita tecnologia, muito distante. O Balão Mágico traz um pouco esse mundo que foi deixado para trás. Não que hoje é melhor ou pior, mas essa coisa de resgatar o passado, que era mais inocente, que todo mundo podia brincar na rua, hoje isso não tem. É diferente”, diz ele.

Além de mudanças no mundo, o cenário musical brasileiro também sofreu diversas alterações desde a estreia do Balão Mágico.

Sobre tais mudanças, Simony afirma que se incomoda com o conteúdo sexual presente hoje: “Acho essa sexualidade um pouco perigosa, tenho um pouco de medo. Você vê meninas hoje de 12, 13 anos tendo filhos. Isso não quer dizer que é a música que ela escuta. Mas é claro que tudo aquilo que você vê você vai querer igual. A gente sabe, a gente teve a idade delas. A gente quer fazer igual ao que nossa amiga fez. Temos que cuidar disso”.

Agora, o Balão se prepara para mais um ano de turnê, que visitará não apenas regiões do Brasil, mas também lugares na Europa e nos Estados Unidos, como as cidades Miami e Orlando. Além disso, o grupo ainda prepara músicas novas -- pelo menos duas já estão prontas, e que gravar clipes e um DVD para encerrar a turnê, com a presença de outras pessoas que fizeram parte do Balão, como Jairzinho, que foi o quarto a se juntar ao grupo.

"A gente que ele no DVD. A gente queria ele desde o começo, na verdade, ele que não pôde. Claro que a gente queria juntar todo mundo, queríamos que o Fofão também estivesse aqui com a gente, todo mundo faz parte. Mas a gente está homenageando todos eles como a gente pode e claro que no DVD que queremos para finalizar essa turnê queremos todos juntos", relata Simony.

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