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Após declaração racista, Twitter de Roseanne Barr ganha mais de 200 mil seguidores

Roseanne Barr, antes de ser demitida pela ABC por um comentário racista no Twitter - AFP/Valerie Macon
Roseanne Barr, antes de ser demitida pela ABC por um comentário racista no Twitter Imagem: AFP/Valerie Macon

Do UOL, em São Paulo

04/06/2018 18h34

Após ter a própria sitcom cancelada por publicar um tuíte racista sobre Valerie Jarrett, mulher que foi assessora do ex-presidente americano Barack Obama, a atriz e produtora Roseanne Barr tem ao menos uma boa notícia para comemorar: sua audiência nas redes sociais cresceu 35% desde que o caso veio à tona.

No dia em que a mensagem foi publicada, em 29 de maio, Roseanne tinha aproximadamente 646 mil seguidores, segundo o site "Wayback Machine do Internet Archive". Nesta segunda (4), menos de uma semana depois, seu número de seguidores aumentou para 878 mil, um acréscimo de 35,9%.

Durante esse período, fãs de Roseanne lançaram uma campanha no Twitter para aumentar o número de seguidores dela, o que pode ter ajudado a impulsionar o crescimento. Em um longo post na semana passada, a comediante pediu desculpas pelo comentário dizendo que estava sob efeito de remédios quando escreveu o comentário.

Cena da sitcom "Roseanne", que foi cancelada após os comentários de Roseanne Barr (centro) - Divulgação - Divulgação
Cena da sitcom "Roseanne", que foi cancelada após os comentários de Roseanne Barr (centro)
Imagem: Divulgação

Entenda o caso

Roseanne Barr, 65, é simpatizante do atual presidente americano, Donald Trump, característica que foi levada para sua personagem nas telinhas. Ela já havia se envolvido em outras controvérsias por conta de seu posicionamento político, e chegou a comparar Chelsea Clinton, filha de Bill e Hillary Clinton, ao burro do filme "Shrek". 

A declaração sobre Valerie Jarrett no Twitter causou imediato mal-estar entre espectadores e entre os pares da artista. Sara Gilbert, atriz e produtora da série, afirmou que os comentários da colega eram “repugnantes” e “não refletem as crenças do elenco, da equipe ou de qualquer pessoa associada à série”.

Depois, foi a vez da comediante Wanda Sykes, que era consultora da produção, anunciar que não voltaria a trabalhar com a sitcom.

Deparando-se com a reação, Barr pediu desculpas nesta terça, antes do anúncio da ABC. “Eu peço desculpas a Valerie Jarrett e a todos os americanos. Eu sinto muito por fazer uma piada ruim sobre a posição política e a aparência dela. Eu deveria ter pensado melhor. Me perdoem, a piada foi de mau gosto”, escreveu no Twitter.

Ela apagou o tuite com a declaração racista e anunciou que deixaria a rede social, mas acabou voltando atrás.