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Harvey Weinstein enfrenta na Justiça mais uma acusação de estupro

Harvey Weinstein -  Kevin Hagen/Getty Images
Harvey Weinstein Imagem: Kevin Hagen/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

01/06/2018 14h22

O produtor Harvey Weinstein enfrenta mais uma acusação de estupro. De acordo com a Variety, três mulheres entraram na Justiça nesta sexta-feira contra o ex-poderoso de Hollywood alegando que foram abusadas por Weinstein. Uma dessas acusações se refere a um estupro que teria acontecido em 2011.

A acusação partiu de Melissa Thompson. Ela diz que foi atraída por Weinstein em um quarto de hotel e depois estuprada. Ela também alega que no ano passado procurou a firma de advocacia de Benjamin Brafman e entregou algumas provas sem saber que o advogado representava Weinstein.

O produtor também foi acusado pela atriz Caitlin Dulany (de "Plantão Médico" e "Saving Grace") de assédio sexual durante o Festival de Cannes de 1996 e pela também atriz Larissa Gomes (a Emily da franquia "Jogos Mortais") de ter tentado beijá-la à força em um quarto de hotel de Toronto em 2000.

Um das figuras mais influentes de Holywood, o produtor de 66 anos, casado duas vezes e pai de cinco filhos, já havia sido acusado de estupro em primeiro e terceiro graus pelo ataque contra uma jovem em 2013, além de forçar outra jovem a fazer sexo oral nele em 2004.

Weinstein deve comparecer a um juiz de Nova York às 10h locais da próxima terça segundo o calendário oficial da corte. Seu advogado, Ben Brafman, afirmou nesta quarta que Weinstein "vai se declarar não culpado e se defender vigorosamente das acusações sem fundamento".

Se for julgado e considerado culpado de todas as acusações, Weinstein pode ser condenado a até 25 anos de prisão. Seu advogado afirma que a acusação de estupro envolve uma mulher com a qual Weinstein "compartilhou uma relação consensual por dez anos e que continuou durante anos" após o suposto incidente de 2013.

Weinstein chegou a ser preso na semana passada, mas foi liberado após pagar uma fiança de US$ 1 milhão em espécie. Entregou seu passaporte, deve usar uma tornozeleira eletrônica com GPS e não pode sair dos estados de Nova York e Connecticut.

Sua carreira afundou quando artigos publicados na revista "New Yorker" e no jornal "New York Times" revelaram algumas das mais de cem denúncias contra ele por abuso, agressão sexual e estupro ao longo de três décadas.

O escândalo provocou uma tomada de consciência sobre o abuso e a agressão sexual nos Estados Unidos e ao redor do mundo, desatando inúmeras acusações e atualizações de regras de conduta em outras indústrias.