Em Curitiba, ator Danny Glover visita Lula e pede liberdade ao petista
O ator americano Danny Glover, embaixador da ONU para os Direitos Humanos e Assuntos Raciais, visitou nesta quinta (31) ao lado Dilma Rousseff o ex-presidente Lula na cela da Polícia Federal em Curitiba. Cada um deles entrou na carceragem da Superintendência da PF por volta das 16h e permaneceu por cerca de meia hora conversando com o petista.
Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", Glover, que é ativista, disse que Lula está calmo, confiante e tem segurança no trabalho dos movimentos sociais contra mentiras apresentadas contra ele. "Eu o apoio porque é o presidente do povo", afirmou.
Nesta quarta (30), o parceiro de Mel Gibson em "Máquina Mortífera" acompanhou o "Boa noite, Lula", uma vigília diária realizada por centenas de simpatizantes desde 7 de abril, quando o ex-presidente foi preso. Ele pediu liberdade a Luiz Inácio Lula da Silva, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
"Povo brasileiro, a minha presença aqui não é simbólica, estou aqui representando milhares de pessoas no mundo que exigem que Lula seja libertado", disse o ator em breve discurso.
Recebido com entusiasmo pelos seguidores do ex-presidente, Glover enfatizou que seu "amigo e irmão Lula deve ser libertado" para unir o Brasil e dar seguimento às conquistas obtidas com o PT.
Em sua mensagem, ele destacou a humildade de Lula, afirmando que seu "exemplo de perdão, exemplo de trabalho, exemplo de amor e a confiança em seu povo ressoam não apenas nesta região, mas no mundo todo e também no meu país".
Luiz Inácio Lula da Silva, que governou o Brasil entre 2003 e 2010, está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril em decorrência das investigações da Operação Lava Jato.
O ex-presidente foi condenado por receber vantagens indevidas provenientes de um esquema de corrupção envolvendo três contratos entre a empreiteira OAS e a Petrobras. A vantagem seria um apartamento tríplex no Guarujá (SP).
Lula também era acusado de receber como vantagem indevida o armazenamento de bens recebidos durante seus dois mandatos como presidente da República.
*com informações da Deutsche Welle
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