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Cena de sexo entre Jaloo e Carrão em "Paraíso Perdido" foi filmada sem ensaio

Jaloo e Humberto Carrão em cena de "Paraíso Perdido" - Divulgação
Jaloo e Humberto Carrão em cena de "Paraíso Perdido" Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

30/05/2018 13h44

Os nomes de Jaloo e Humberto Carrão estiveram em alta no Twitter nos últimos dias, tudo por causa de uma cena de sexo no filme “Paraíso Perdido”, de Monique Gardenberg, que estreia nesta quinta-feira (31).

O longa acompanha uma boate em São Paulo, liderado por José (Erasmo Carlos) e sua família de cantantes, entre eles o seu neto, a drag queen Imã, vivido por Jaloo. Durante suas apresentações no “inferninho”, ele flerta com Pedro (Carrão), um professor que ainda está no armário e não lida bem com os próprios desejos. Pelas notícias que viralizaram sobre a cena, dá para imaginar até onde esse relacionamento vai.

“É um personagem que muda por causa desse lugar, tem uma jornada”, explica Carrão, que conta ter ficado surpreso com a repercussão da cena. “É uma loucura que isso faça barulho desde tamanho”, observa. “Mas o que ajuda a mudar essas coisas é justamente discutir, conversar. Poder usar nosso trabalho e tratar essas questões é o ideal”.

Dia 31 de maio, nos Cinemas @paraisoperdidofilme

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Destaque nessa noite paulistana (e no filme), Jaloo já vem há alguns anos se debruçando em um pop performático, mas mesmo com a vivência no palco, o nervosismo foi inevitável.

“Uma coisa curiosa é que eu não tiro a roupa na frente de pessoas desde quando eu era muito jovem. Foi muito louco na hora, mas depois de uns minutos, eu já estava muito preocupado em fazer da melhor forma e sem vergonha”, conta, enfatizando: “Agora, revistas, me contatem.”

A cena aconteceu sem ensaio, no camarim da boate onde se passa a trama. “A Monique foi malandra, no filme tem algumas imagens que me parecem feitas depois de um ‘corta’. Mas foi bonito perceber que mesmo depois, rolou um carinho, a gente se gostou. Era uma cena importante para o filme, pra gente”, observa Carrão.

Ménage ao som de Roberto

Gardenberg chegou a filmar mais uma cena de sexo, ainda maior e com direito a uma canção de Roberto Carlos e Erasmo Carlos na trilha, mas o ménage entre os personagens de Lee Taylor, Hermilia Guedes e Marjorie  Estiano, ficou na ilha de edição. “Cena do sexo é dificílima para todo mundo. Imagina com três”, conta.

A cena seria uma homenagem a “Violência e Paixão”, do italiano Luchino Viscontti, em que o sexo grupal é filmado à distância, ao som” Testarda io”, de Iva Zanicchi, versão em italiano para “À Distância”, de Roberto e Erasmo.

A informação que correu na internet era que a cena ficou de fora para não chocar a plateia, o que a diretora nega. Roberto já havia autorizado a música, mas Gardenberg  achou que a cena ficou bela demais. Era necessário mostrar o desejo desses personagens. “Precisava ser mais erótico”, diz.