Saiba a história por trás do polêmico biquíni dourado da Princesa Leia
A data é 25 de maio. Em 2018, neste dia, vemos "Han Solo: Uma História Star Wars" arrebatar números incríveis em bilheterias ao redor do mundo e a Disney rindo à toa por ter adquirido uma franquia de tamanho sucesso nos cinemas. Essa era a mesma sensação de êxtase vivida na mesma data, há 35 anos, quando George Lucas finalizou sua trilogia com o "O Retorno do Jedi".
Além de se tornar um dos filmes mais famosos do cinema, o título trouxe o figurino usado em poucas cenas (praticamente 5 minutos dentro da duração total de 132 minutos do longa), mas que gerou polêmica e até hoje é alvo de controvérsia: o biquíni dourado de Leia escrava.
Caso não se lembre (o que é altamente improvável), esta é a roupa que Leia Organa é obrigda a usar quando é capturada por Jabba the Hutt e forçada a integrar seu harém.
Até os dias de hoje, a exposição da atriz Carrie Fisher de biquíni no filme gera debates e artigos. Mesmo sendo alvo de tanta polêmica, Leia de biquíni se tornou uma referência popular. A fantasia até hoje é vendida em lojas do ramo e já parou na TV com Rachel (Jennifer Aniston) em "Friends".
Inspiração em Conan
Os primeiros esboços da fantasia surgiram com a designer Aggie Rodgers em colaboração com Nilo Rodis-Jamero. De acordo com o Yahoo norte-americano, George Lucas enviou para ela referências específicas de desenhos criados por Frank Franzetta, como "Conan, O Bárbaro" e "John Carter de Marte". "Ele é um ótimo ilustrador da nossa imaginação. Eu tinha vários livros dele e o biquíni de Leia nasceu desse gênero", explicou.
Preocupação em não mostrar mais ainda
Para a época, o biquíni de Leia já revelava bastante do corpo da atriz. Havia ainda uma preocupação maior de que nenhuma parte íntima aparecesse em frente às câmeras. Como Leia participaria de algumas cenas de ação, o molde do biquíni foi feito sobre um material maleável para que ficasse bem preso e justo. "Sabe, ela tinha que voar. Ela tinha um cinto preso em vários pontos. Quando você está voando de biquíni, as coisas mudam um pouco", disse Rodgers ao Yahoo.
Desconforto e luta por mudança
Carrie Fisher falou sobre o incômodo não só de usar o biquíni no set, mas também por objetificação sexual que o traje lhe trouxe.
Em uma entrevista de 2015, a atriz pôde falar diretamente com outra estrela de um filme da franquia: Daisy Ridley, a Rey de "O Despertar da Força". "Você deve lutar pelo seu figurino. Não seja uma escrava como eu fui", disse ela na ocasião.
Para Fisher, que morreu no final de 2016, sua única redenção está no próprio filme ao matar Jabba. "Isso foi bom. Eu esmaguei o pescoço com a corrente. Eu aproveitei muito esse momento porque eu odiei usar aquele figurino por ficar lá sentada. Eu não via a hora de matá-lo", continuou.
Responsável por seu design, Rodgers não vê o biquíni como algo tão ofensivo. "Ela está completamente coberta. Nunca houve alguma discussão se seria algo lascivo. Não havia nenhum decote profundo. Era um biquíni", explicou.
Muito mais que o biquíni
A figurinista lamenta que outras peças usadas por Leia não sejam tão lembradas como o polêmico biquíni. "Eram várias roupas. Ela ficava ótima de capacete. Esse era meu figurino favorito. É algo muito da moda dos anos 80 em termos de curvas e formatos", disse.
Rodgers ainda defende George Lucas sobre a escolha do biquíni para Leia.
"Carrie e George eram amigos e ele não estava brincando com a cara dela ou da personagem de nenhuma maneira. Aquela era a fantasia da cabeça do Jabba, certo? Aquele porcalhão".
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