"O brasileiro tem que se mobilizar, não tem jeito", diz Fernanda Abreu
“Eu vou torcer, pelas coisas bonitas. Eu vou torcer pela paz”. Foi desse jeito que Fernanda Abreu abriu seu show neste domingo (20) no palco Anos 90, no Largo do Arouche, na Virada Cultural em São Paulo. Para a cantora, cujo o último álbum foi feito como ode à tolerância e diversidade, o momento político atual do país é preocupante, mas não deve afetar a cultura.
“Acho que qualquer político inteligente não vai mexer na Virada Cultural de São Paulo, nem no Estado. Não existe essa possibilidade na minha cabeça. De nenhum gesto, nenhum prefeito, de nenhuma secretaria, poder ter a possibilidade de extinguir uma Virada Cultural. Isso é o tipo de coisa que nós brasileiros não aceitamos”, diz ela ao ser questionada sobre o medo de que instabilidade política afetasse a Virada.
“O Brasil está passando por momentos muito complicados. Eu tenho certeza que qualquer gestor, que esteja em qualquer cidade, não vai num conceito tão importante quanto a Virada. Acho que a galera tem que se mobilizar, o brasileiro tem que se mobilizar, não tem jeito”, ela reforça.
A cantora também não esconde sua animação em voltar ao evento: “Adoro fazer a Virada. É um evento super bacana, gratuito para o público, nesse dia lindo em São Paulo. Estou amando poder mostrar o show ‘Amor Geral’, acho que tem uma mensagem que é importante. A gente vive um momento de muito ódio, intolerância. O amor é a melhor resposta”.
Agora, com a agenda cheia, a cantora volta seus olhos para seus projetos futuros, como regravações que fez para um projeto chamado “Torcida Brasil”, alguns remixes e um CD de participações especiais. Inclusive, ela veio para a Virada direto de um show que fez em Belo Horizonte. “Dormi 3h30, meio me arrastando no avião. Subiu no palco é outra história né”, conclui a cantora.
E no palco ela subiu, arrebatando o público com seu repertório que mistura o pop e o psicodélico, levando todos os presentes a balançaram ao som dos ritmos.
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