Ashley Judd processa Weinstein por prejudicar sua carreira
Ahsley Judd foi uma das primeiras atrizes a denunciar o magnata Harvey Weinstein por assédio e abuso sexual. E, nesta segunda-feira (30), ela deu entrada em um processo contra o produtor, alegando que ele causou um dano “irreparável” a sua carreira.
No Twitter, a atriz publicou a íntegra de seu processo e afirmou que os valores ganhos com a ação serão doados ao fundo de defesa legal da Time's Up (organização criada por estrelas de Hollywood para lutar contra a discriminação de gênero): "Estou pedindo uma reparação pelo dano causado à minha carreira como resultado do assédio sexual. O ganho financeiro será destinado à Time's Up, para que trabalhadoras americanas vítimas de abuso sexual e retaliação tenham ajuda".
Em entrevista à emissora americana ABC, a atriz completou: "Eu perdi oportunidades de carreira. Eu perdi dinheiro. Eu perdi status, prestígio e poder na minha profissão como resultado direto de ter sido assediada sexualmente e rejeitado esse assédio sexual. Minhas oportunidades profissionais, após ter sido difamada por Harvey Weinstein, diminuíram significativamente. Minha carreira foi prejudicada por que eu rejeitei os avanços sexuais de Weinstein. É um fato".
O processo
Nos documentos, enviados ao Tribunal de Los Angeles, Judd acusa Weisntein de assédio sexual, difamação e violação das leis de negócios do estado da Califórnia. A atriz afirma que Weinstein falou mal dela ao diretor Peter Jackson, impedindo que ela fosse escalada para a franquia “O Senhor dos Anéis”, que arrecadou mais de US$ 3 bilhões ao redor do mundo.
“Weinstein acabou com uma incrível oportunidade profissional da Sra. Judd quando disse ao Sr. Jackson que o estúdio teve uma má experiência com a Sra. Judd, que era um ‘pesadelo’ trabalhar com ela e que isso deveria ser evitado a qualquer custo”, dizem os advogados da atriz no processo.
“Com esses falatórios sem fundamentos, Weinstein foi bem-sucedido em colocar a Sra. Judd em uma lista negra e destruir sua habilidade de trabalhar no que seria uma franquia multi-bilionária com 17 vitórias no Oscar. Ele também efetivamente bloqueou outras futuras oportunidades de trabalho para a Sra. Judd”, continuaram.
O processo alega ainda que Weinstein "estava retaliando a sra. Judd por rejeitar suas demandas sexuais aproximadamente um ano antes, quando ele a encurralou em um quarto de hotel sob o pretexto de discutir negócios".
"Weinstein usou seu poder na indústria do entretenimento para prejudicar a reputação de Judd e limitar sua capacidade de encontrar trabalho", acrescentou.
Diretor confirmou "lista negra"
Em dezembro, Peter Jackson, diretor de "Senhor dos Anéis". revelou que Harvey Weinstein o impediu de escalar Ashley Judd e Mira Sovino para o elenco da franquia. “Eu me lembro da Miramax dizer para nós que elas eram um pesadelo e deveríamos evitar trabalhar com elas a todo custo. Isso provavelmente foi em 1998”, afirmou o cineasta ao “Stuff”, site da Nova Zelândia, seu país de origem.
Weinstein negou que tivesse tido qualquer influência sobre o elenco de "Senhor dos Anéis", assim como nega as acusações de abuso sexual feitas por mais de 70 mulheres.
*Com informações da agência Reuters
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