Família de Prince processa hospital que tratou overdose dias antes de sua morte
A família de Prince entrou com uma ação contra o hospital de Illinois, onde o cantor havia tratado uma overdose uma semana antes de sua morte. A notícia do processo vem dias depois das autoridades anunciarem que nenhuma acusação criminal relacionada à morte seria registrada.
Há dois anos, no dia 15 de abril de 2016, o avião de Prince fez um pouso de emergência em Moline, Illinois, onde o músico recebeu tratamento para uma overdose no Centro Médico Trinity.
Segundo o jornal “New York Times”, a família alega que houve falha do hospital em diagnosticar corretamente a overdose, "causa direta e próxima" da morte de Prince seis dias depois. Nicole F. Mancha, uma das médicas que tratou a cantor, também foi citada na ação, assim como a rede de farmácias Walgreens.
De acordo com o “Times”, Mancha afirmou em depoimento à polícia que Prince havia relatado o uso de duas pastilhas de Percocet, embora ela acreditasse que o músico estava mentindo. Na ocasião, o cantor se recusou a fazer testes, incluindo coleta de sangue e exame toxicológico de urina. Amigos próximos do cantor disseram
depois se tratar de um esforço de Prince em esconder seu vício em analgésicos.
Prince, que era conhecido por sua privacidade, deixou o hospital sem prosseguir com o tratamento e voltou para sua casa no Paisley Park, em Minnesota, de acordo com os investigadores.
Após sua morte, a polícia encontrou dúzias de pílulas com rótulos falsificados em uma garrafa na mesa de cabeceira de Prince, todas contendo fentanil, o poderoso opióide sintético que o Centro de Controle de Doenças e Prevenções dos Estados Unidos diz ter sido responsável por 20 mil overdoses em 2017.
"O que aconteceu com o Prince está acontecendo com as famílias dos Estados Unidos", disse o representante da família do cantor em um comunicado publicado no “Times”. “A família deseja, através dessa investigação, lançar luz sobre essa epidemia e melhorar a luta para salvar vidas. Se a morte de Prince ajuda a salvar vidas, então nem tudo está perdido.”
Na semana passada, o Dr. Michael Schulenberg, um médico que prescreveu Percocet to Prince pouco antes de sua morte, foi condenado a pagar US$ 30.000 por violar a Lei de Substâncias Controladas ao supostamente prescrever pílulas em nome de Kirk Johnson, agente de Prince, para proteger a privacidade do músico.
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