Dan Lellis, o cantor goiano que trocou a música sertaneja pelo rap

Em um ano, a vida de Danilo Oliveira Lellis, 23, deu uma guinada de 180º. Nascido em Goiânia, terra de muitas duplas sertanejas, ele sempre transitou com naturalidade pelo gênero. Compôs modões e tentou a sorte com a sua própria dupla. Mas algo não se encaixava muito bem nesta equação.
No final de 2016, Danillo criou coragem para tomar uma decisão arriscada: sob a alcunha de o Dan Lellis, mudou-se para Brasília e largou o sertanejo para se dedicar ao rap. "Goiânia não tinha o mercado e influências necessárias [para um rapper]. Por lá, a raiz é sertaneja", argumenta.
Na capital federal, onde morou durante o ano de 2017, fez parcerias com o rapper Hungria, Tribo da Periferia e Neguim, do Pacificadores. Com Neguim, eles produziram as faixas "Deixa Baixo", "Sexta-Feira" e "O Líquido". Deu certo. Em 15 meses, lançou 15 músicas, que já foram ouvidas mais cem milhões de vezes em seus canais digitais.
Retorno a Goiânia
No início deste ano, ele voltou para Goiânia com o objetivo de popularizar --ou pelo menos misturar-- o rap com o sertanejo nas casas noturnas da cidade. "Os dois ritmos têm pontos em comum", acredita. E usou a sua experiência como letrista sertanejo (já compôs para Zé Neto & Cristiano e Naiara Azevedo) para escrever seus raps e montar seu próprio estúdio.
Dan toca violão, bateria e teclado, instrumentos que aprendeu na infância. É fácil identificar em suas músicas essa pegada sertaneja. "Elas são feitas no violão", explica. "Tentei fazer essa migração do sertanejo para o rap".
Os temas giram em torno das baladas ("Madruga"), bebidas ("Catuaba" e "Open Bar"), mulheres ("Banheira de Espuma") e até sofrência ("Vou te Fazer Melhor" e "Amor Bandido"). "A inspiração para as letras vem dos amigos. A maioria das letras é baseada em fatos reais", brinca.
Para o futuro, Dan afirma que continuará se inspirando no sertanejo para compor suas músicas. "Estou gravando com o Lucas Lucco a música 'Bagaceira'. Daqui alguns meses, vou gravar também como Thiago Brava, que foi o meu empresário quando eu era cantor sertanejo", lembra. "O rap é a bola da vez. O sertanejo o abraçou".
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