Adeus ou marketing? O que está por trás da onda de aposentadorias na música
Poucas vezes na história tantos nomes de peso da música anunciaram tantas despedidas dos palcos, quase sempre recorrendo ao conhecido expediente da “turnê de despedida”. Quem acompanha o universo pop sabe que tais anúncios são comuns e costumam não ser tão literais assim.
Kiss, Judas Priest, The Who e Phill Collins, por exemplo, já disseram que iriam parar e retornaram, seja por arrependimento ou por pura estratégia de marketing. Mas, afinal, o que é verdade e mentira na onda de aposentadorias que vem ganhando manchetes desde o início de 2018?
Elton John
Um dos maiores vendedores de discos da história da música, o cantor de 71 anos anunciou em janeiro que está esgotado fisicamente e quer se dedicar ao marido David Furnish e aos filhos Zachary e Elijah.
Probabilidade real de aposentadoria: Alta. Com o vocal cada vez mais grave, Elton fará mais de 300 shows em sua “Farewell Yellow Brick Road”.
Onde vê-lo: Por enquanto, na Europa e Estados Unidos. Aos fãs brasileiros: é provável que Elton John volte ao Brasil em 2020 ou 2021. As datas estão abertas.
Ozzy Osbourne
Ozzy, 69, sepultou o Black Sabbath e, em fevereiro, propalou que iria parar. “Não vi meus filhos crescer. O que mais quero agora é ter tempo para a família”, disse ao UOL a lenda do metal.
Probabilidade real de aposentadoria: Pequena. Ozzy disse com todas as letras que não está se aposentando. Fora que já cansou de afirmar que o fim está próximo. Basta lembrar que sua atual turnê de despedida leve o nome de “No More Tours 2”, uma suposta continuação da tour “No More Tours” de 1992. Teremos uma terceira?
Onde vê-lo: No Brasil, dias 13 de maio, em São Paulo (Allianz Parque); 16, em Curitiba (Pedreira Paulo Leminski); 18, em Belo Horizonte (na esplanada do Mineirão); 20, no Rio (Apoteose).
Paul Simon
Mestre do folk rock e da world music, Simon, 76, informou em fevereiro que está se despedindo dos palcos por curiosas "causas naturais".
Probabilidade real de aposentadoria: Incerta. Ele já se mostrou a aberto a continuar se apresentando e, em entrevista ao “Los Angeles Times”, disse que jamais irá largar a música.
Onde vê-lo: Os saudosos do histórico show de 1991, quando Simon tocou com músicos brasileiros no Rio, precisam comprar passagem. Canadá, Estados Unidos, Suécia, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Irlanda e Inglaterra receberão os shows.
Neil Diamond
O romantismo classudo de Neil Diamond, 77, um dos grandes ícones pop dos anos 1960 e 1970, sairá de cena em breve por motivo médico.
Probabilidade real de aposentadoria: Grande. Ele foi diagnosticado com a doença de Parkinson e irá se tratar. “Mas pretendo permanecer ativo compondo, gravando e envolvido em outros projetos por muitos anos”, afirmou.
Onde vê-lo: Sua turnê de 50 anos de carreira, que começou em abril do ano passado, vai se transformar na de despedida. As datas ainda não foram divulgadas.
Lynyrd Skynyrd
Não reconhece pelo nome? Então bote para tocar “Free Bird”, “Sweet Home Alabama” e “Simple Man”. A banda expoente do southern rock foi vaga e não deixou claro o motivo da aposentadoria.
Probabilidade real de aposentadoria: Pequena. Segundo entrevista do guitarrista Gary Rossington à revista “Billboard”, o grupo está apenas desacelerando e é comum bandas acabarem e voltarem atrás.
Onde vê-los: Entre maio e setembro, se apresentam nos Estados Unidos e Canadá. Vale lembrar que o Lynyrd está em débito com os fãs brasileiros, depois de de cancelar shows por aqui em dezembro. Pode ser que passe por aqui.
Slayer
A história do thrash metal não seria mesma sem a banda do baixista e vocalista Tom Araya, um dos poucos grupos do estilo respeitados nas mais diversas searas musicais. Assim como o Lynyrd Skynyrd, a banda também não se justificou.
Probabilidade real de aposentadoria: Pequena. O anúncio surpreendeu o meio do metal. Muitos apostam em jogada de marketing do que seria apenas um período de descanso e projetos paralelos.
Onde vê-los: Nos Estados Unidos e Canadá. Há shows agendados até o fim de agosto.
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