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Diabo ou zoeira? As mensagens ao contrário mais absurdas das músicas infantis

Xuxa, Eliana e Balão Mágico - Reprodução/Montagem
Xuxa, Eliana e Balão Mágico Imagem: Reprodução/Montagem

Do UOL, em São Paulo

08/04/2018 04h00

É uma história tão infame quanto antiga: um artista lança uma música e logo aparece alguém para colocá-la de trás para frente, dando vazão a supostas mensagens subliminares do além. É engraçado, é curioso, mas jamais houve provas de que tais manifestações são reais.

Como não poderia deixar de ser, a internet, grande antro de discórdia, explorou o “fenômeno” em diversos vídeos em que as mensagens aparecem legendadas. A união texto e imagem engana nosso cérebro e nos faz entender o que não foi dito. Essa é a graça da brincadeira, que ganha um ingrediente extra quando envolve músicas infantis.

Veja abaixo algumas das mensagens invertidas mais famosas da web.

Balão Mágico - "Superfantástico"

Somos extremistas e já invadimos o mundo
Porque já moramos, porque já morremos
(...)
Nossa missão de lava almas
Se adentram em toda esquina
Nosso chapa é Jesus

Você nunca mais vai ouvir Balão Mágico da mesma forma. É bobagem? É. Mas uma bobagem que fala de extremismo e tem tom premonitório. A cereja do bolo: "Já vi sinais da ex-mulher queimando”, canta uma satânica Simony em dueto com um diabólico Djavan.

Xuxa - "Doce Mel"

Parece que Exu não sai daqui
E sangue entra na boca como lanche
Nova era livre e solva na avenida
E sangue, sangue, sangue...

Xuxa é a vítima favorita dos “backmasking” termo usado na internet para definir os vídeos com mensagens ao contrário, e "Doce Mel" é um dos casos mais clássicos. Além da saudação ao candomblé, há ainda os versos surrealmente hilários: “É que o baixinho já está abrindo o lanche. Bebi e que delícia”.

Eliana - "Os Dedinhos"

Já venci, quando assiste-me
Onde ´cês brinca, onde cês mora
Eu assusto a todos!
(...)
Oi, Jesus do céu azul
Eu sei zombar!
Aqui tem mais demônio cultural

Na lógica da letra invertida “Os Dedinhos”, da apresentadora Eliana, a cultura é coisa do capeta e um mal a ser extirpado do mundo. Não soa familiar? É bem provável que você já tenha lido esse discurso nas redes sociais. Outro “backmasking” dos anos 1980 com teor premonitório.

Topo Gigio -  "Meu Limão, Meu Limoeiro"

A garrafa de demônio, e foi.
Demônio mata!
Ainda põe no te no caixão.
Vai te aleijar-te
É o diabo, né?

Lembra do ratinho Topo Gigio? Ele fez sucesso na Itália e, nos anos 1960, ganhou sua primeira versão brasileira. Nos anos 1980, ele voltou com tudo. E quando ele cantou “Meu Limão, Meu Limoeiro”? Fofo, né? Só não tente tocá-la ao contrário.

Xuxa - "Quem Quer Pão"

É traveco encarar, encarar o demônio
Ah, não vai ao céu, fiquei ao lado do diabo
Satanás
(...)
Sou polícia, sou polícia, sou polícia, eu juro.
Que a política, que a política, que a política engana. 
Compra, quem compra, quem compra é gay

Xuxa já disse que só idiotas acreditam em mensagens subliminares do demônio. OK, ela pode ter razão, mas não dá para dizer que o suposto capeta é 100% alienado do mundo. Em "Quem Quer Pão", pelo menos, ele demonstra ter razoável consciência política.

Menudo - Não se Reprima

Santanás vive, satanás vive.
Alegre estou.
Ah, vive, satanás
Aqui, a ser, a nós, belzebu.
(...)
Nada melhor do que corrida num Mustang bem safado

O Menudo não poderia ficar fora desta. Carros, satanismo e música pop se unem em todo um contexto pecaminoso nesta “versão” de "Não se Reprima".

Meu Pintinho Amarelinho

Quem caiu do céu? O demônio punheta.
(...)
Ele é o demônio mesmo
(...)
Cocaína, cocaína

Música que fala de masturbação, e você nunca percebeu? Não exatamente. Talvez um pintinho vermelhinho demoníaco? Talvez.