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Filho de Renato Russo diz que espólio do pai continua sob cuidado do MIS

O cantor Renato Russo - Divulgação
O cantor Renato Russo Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

01/04/2018 16h23

Na semana em que Renato Russo completaria 58 anos, seu filho, Giuliano Manfredini, virou tema de polêmica ao ser acusado pela irmã do cantor de querer leiloar todos os objetos do pai.

Procurado pelo UOL, Giuliano não vai comentar assuntos particulares, mas apontou que milhares de itens do acervo de Renato Russo continuam sob responsabilidade do Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, onde uma gigantesca exposição sobre o cantor aconteceu entre setembro de 2017 e fevereiro de 2018.

"Com todo respeito, não vou comentar assunto de foro íntimo e familiar, mesmo se tratando de missiva irascível por parte de um parente que não tem nada a ver com o legado. E que os 3 mil itens de acervo intelectual e artístico do artista Renato Russo continuam sob a responsabilidade integral do Museu da Imagem e do Som, na cidade de São Paulo.”, escreveu o filho do líder da Legião Urbana.

A também cantora Carmem Teresa, irmã de Renato, divulgou uma carta aberta neste domingo (01) em que relata a preocupação da família com o futuro do espólio do ícone da música brasileira.

Leia abaixo alguns trechos da carta:

Como pode Giuliano Manfredini, filho de Renato Russo, que deveria zelar por todo esse patrimônio, leiloar simplesmente tudo? Se desfazer do mesmo como não significasse nada?

A tristeza é muito grande porque esses objetos, ou seja, todo o seu acervo cultural e artístico, foi guardado com muito esmero e carinho pelo seu pai, Renato Manfredini, minha mãe e por mim desde a sua morte em 1996. Cuidávamos de tudo, absolutamente tudo.

Agora ele quer doar tudo como se nada valesse para nós? E os nossos sentimentos? E alguns objetos, que são meus também, por direito, como livros e LPS de infância, fotos? E também alguns que pertencem à minha mãe?

E os fãs? Vocês que têm um carinho imensurável e amor incondicional pelo Renato e que nunca mais poderão ter a chance de ver uma outra exposição, pois todo esse espólio vai ser separado, espalhado e dilapidado.

Fico imaginando o sofrimento que o meu pai que faleceu ha 14 anos teria, e também,com certeza,o pesar que as famílias Manfredini e Oliveira sentirão.Todos os meus tios e primos, sem exceção.

Toda a sua memória cultural e artística será desfeita.