Imagine Dragons faz show engajado e esvazia outros palcos do Lolla
Quatro anos depois de reunir um dos maiores públicos do Lollapalooza Brasil, o Imagine Dragons voltou a arrastar uma multidão impressionante na noite deste segundo dia de festival no Autódromo de Interlagos de São Paulo, deixando os outros locais de show vazios por cerca de 1 hora.
A popularidade por aqui continua tão alta que os americanos lançaram mão da nova “Believer”, com introdução lenta ao violão, e foram ovacionados ainda nas primeiras notas. Foi um dos raros momentos “calmos” da apresentação.
A canção, saída do disco mais recente do grupo, “Evolve” (2017), comprovou que a receita do sucesso prossegue firme e expandida. A intenção aqui é que cada canção exploda sempre em uma catarse sonora, potencializada por refrões grudentos e espaço para o coro da plateia.
Não à toa, em 15 minutos de show, o carismático vocalista Dan Reynolds já estava sem camiseta, exibindo uma bandeira do orgulho LGBT e correndo no corredor no meio da plateia.
Show engajado
"Hoje à noite vamos dar tudo o que podemos. Nós esperamos muito tempo para voltar aqui ao Brasil”, disse Reynolds, incentivando o clima de histeria. A esta altura, o público já estava entregue e se esgoelava de refrão em refrão.
"Eu vim com o coração partido. Estou cansado do ódio, da intolerância, das nossas crianças serem mortas", discursou. "Esta noite e convivemos uns com outros, e que não tenha. Nós vivemos e morremos, mas hoje nós celebramos a vida. Vocês me dão esperança".
O engajamento marcou o tom da apresentação comandada por Reynolds, que é mórmon praticante e trabalhou como missionário por dois anos.
Antes de cantar "Demons", o vocalista afirmou que há dez anos estava tratando depressão e pregou para que as pessoas falem mais sobre a doença. "Há milhões de pessoas que têm depressão e que não sabem disso ainda. Sua vida sempre vale a pena, fale com seus amigos, com sua família".
Superlotação
A superlotação do show do Imagine Dragons fez a ladeira em frente ao palco ser tomada por gente. Segundo a produção do festival, todos os cerca de 100 mil ingressos para este sábado foram vendidos ainda em fevereiro.
Quem ficou mais atrás chegou a vaiar o som em volume baixo. Mas ninguém mais se importou quando o megahit "Radioactive", de 2012, arrematou a apresentação com a epifania final. Os fogos planejados no fim da apresentação falharam, mas não fizeram falta.
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