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Di Ferrero cai na pista e Simone & Simaria fazem música com colega italiana

Di Ferrero faz o Justin Timberlake, Simone e Simaria faz mistura de Brasil com Itália com Laura Pausini e Pearl Jam com som novo dias antes do Lolla - Divulgação
Di Ferrero faz o Justin Timberlake, Simone e Simaria faz mistura de Brasil com Itália com Laura Pausini e Pearl Jam com som novo dias antes do Lolla Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

16/03/2018 15h57

Essa é a mistura do Brasil com a... Itália. Quem diria que Laura Pausini se tornaria coleguinha de Simone e Simaria, não é mesmo? A amizade não apenas deu certo como rendeu uma boa mistura no single “Novo”, que a italiana escolheu para promover seu novo álbum, “Fatti Sentire”.

Na onda das misturas improváveis, Pearl Jam não larga o rock (nem a mensagem política), mas entrega um single menos sisudo e mais dançante. Mas é Di Ferrero a surpresa da semana. Com NX Zero de férias, o cantor dá o primeiro passo para a ousada estreia solo. Nem crie expectativas de riffs. Di se inspira em Justin Timberlake em “Sentença”.

Novas músicas de Leon Bridges e Liniker também são destaques na semana.

Di Ferrero, “Sentença”

Os anos de som e a fúria parecem que ficaram para trás na vida de Di. Em sua primeira incursão solo, agora com NX Zero em hiato, o cantor se vale até de falsetes para fazer dançar. “Sentença” é todo construído para a pista, com um beat que lembra Justin Timberlake, embora a música seja assinada também pelo guitarrista do NX, Gee Rocha. “Em outro momento, em outro tempo faça sentido, você me diz se quando este som tocar você vai olhar para trás, mas não vai me ver”, ele canta, como se tivesse anunciando a nova fase. E não faz feio.

Pearl Jam, “Can't Deny Me”

Melhor do que conferir o show do Pearl Jam no Lolla é receber a banda no Brasil com música nova na bagagem. A versão 2018 da banda parece ser menos sisuda que o ouvimos nos últimos discos. Mais solto e dançante, a mensagem política vem marcada pontuada com cowbell e riff: “Quanto mais alto, quanto mais longe, mais rápido você voa / Você pode ser rico, mas você não pode me negar”.

Leon Bridges, "Bad Bad News"

O americano que cresceu no gospel foi uma das gratas surpresas de 2015. Com uma voz que parece carregar anos de história da música negra, o primeiro disco foi uma revelação, embora soasse um tanto anacrônico ao emular a estética dos anos 1960. Agora a história é outra. No novo single, a batida simples e elegante, tocada em loop, faz um tapete realmente moderno para o talento do texano. É bonito de ouvir. Assim como “Bet Ain’t Worth the Hand”, balada delicada moldada por uma orquestra saída dos 1970. Para conferir de perto, o rapaz abre os shows de Harry Styles no Brasil em maio.

Laura Pausini feat. Simone & Simaria, "Novo"

Não se acanhe se você sentir vergonha ao ouvir Laura Pausini sussurrando “Laura, Brasil, Simone, Simaria, Itália”. Com uma batida eletrônica costurada no violão, na verdade, é melhor do parece. Podemos dizer que a mistura de arrocha com música latina que as coleguinhas têm promovido por aqui deu um gingado que muitos achavam impossível casar na voz e no estilo da italiana.

Liniker e os Caramelows, "Lava"

A cantora de voz caramelada dá a primeira pista do seu segundo disco. “Lava” chega encorpada, no clima de mormaço e forte influência do reggae. Nascida na estrada, durante a turnê de “Remonta”, a canção é ela própria um momento de refúgio, e aponta uma banda mais madura.

Seakret feat. MC Zaac e Feid, “Kika”

Você deve se lembrar da dupla Seakret de outros rolês. Pedro Dash e Dan Valbusa faziam parte do Cine, precursores do chamado happy rock. Os rapazes agora estão em outra. Com letra descontraída no beat do funk, e colaboração latina de Feid, cantor e compositor colombiano que já trabalhou com J  Balvin, a intenção dos caras é fazer dançar no escurinho da balada. Para dar aquele embrasada certeira, MC Zaac, o funkeiro dos megahits “Vai Embrazando” e “Vai Malandra”. 

“Ilegal”, Supla

O roqueiro brasileiro mais americano que temos notícia lança novo disco em abril, dedicado ao “muro do Trump”. O primeiro single, “Ilegal”, fala justamente da perseguição dos Estados Unidos aos imigrantes. “É uma mensagem importante, pois somos todos imigrantes ou descendentes deles”, explica Papito. “Não acredito em muros como diz o refrão da letra - fronteiras e muros frutos da imaginação insana de alguém que defende a segregação.”