"Robôs" russos fizeram campanha para mudar roteiro de "Os Últimos Jedi"
Bots russos, os mesmos que ganharam manchetes no mundo acusados de manipular as eleições presidenciais americanas, foram usados para interferir no roteiro do mais recente filme da franquia "Star Wars", "Os Últimos Jedi" (2017).
Parece até teoria da conspiração, mas quem confirma o fato é o próprio diretor do filme, Rian Johnson, em uma das cenas do documentário "The Director and the Jedi". O filme que revela bastidores da produção do longa foi apresentado nesta semana no festival SXSW (South By Southwest), em Austin, no Texas.
Em uma das cenas do documentário, o cineasta aparece conversando com aparente franqueza com um membro da produção. Ele explica que perfis falsos no Twitter criaram e disseminaram uma campanha para "salvar" o personagem General Hux.
"É incrível", disse Johnson. "É um esforço coordenado feito por essas contas russas. Centenas delas", ele conta. O comentário no filme, no entanto, não detalha como a ação foi feita ou quem estaria por trás de tal manobra.
Durante a produção de "Os Últimos Jedi", essas contas teriam espalhado a hashtag #HuxLive (em tradução livre, "Hux vive"), inundando a rede social com menções ao diretor em prol do general. Um pedido inusitado, já que o personagem não teve tanto destaque no longa anterior da franquia.
Para alguns, a tendência histórica dos russos por governos autoritários pode explicar essa ação. Introduzido por J. J. Abrams em "Star Wars: O Despertar da Força" (2015), Hux, que é interpretado por Domhnall Gleeson, é um comandante implacável que trava uma espécie de Guerra Fria com Kylo Ren pelo poder na Primeira Ordem.
Coincidentemente ou não, o General Hux não morre "Os Últimos Jedi". Acusados de impulsionar candidatura do polêmico Donald Trump em 2016, os russos aparentemente querem ver o circo pegar fogo na política e também no cinema.
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