Cinco lições da série "Queer Eye" que você deveria levar para a sua vida
Ressuscitada no Netflix, a série “Queer Eye” —agora sem o “Straight Guy"— voltou revigorada por um novo elenco, novos e diversos personagens e o mesmo desejo de investir na “reforma” de pessoas tidas como desleixadas, seja na forma de se vestir, no cuidado com a casa e a aparência, na alimentação, e no próprio jeito de lidar com a vida.
Os oito novos episódios da nova temporada vêm fazendo sucesso junto ao público, que se comove com histórias comuns e os muitos ensinamentos dos "Fab 5”, o quinteto que "invade" o espaço da pessoa e, por alguns dias, presta um valioso serviço de consultoria pessoal.
Muitoas dessas lições são importantíssimas e valem para qualquer um que deseja apenas viver uma vida mais plena. Veja abaixo cinco delas.
É preciso aceitar como você é
Um ensinamento básico está por trás de cada comentário de Jonathan Van Ness (aparência), Tan France (moda), Antoni Porowski (culinária), Karamo Brown (cultura) e Bobby Berk (design de interiores): para conseguir sair da zona de conforto e ser mais feliz, você precisa se aceitar do jeito que você é. Não importa qual é o seu peso, sua idade, seus gostos, hábitos. É possível crescer pessoalmente mantendo sua essência. Resumindo: se o capital mais valioso de um ser humano é a própria vida, nada de perder tempo tentando se adequar a padrões e imposições estéticas vigentes.
Sua orientação política não te torna uma pessoa boa ou ruim
Em tempos de polarização política, aqui, nos Estados Unidos e no resto do mundo, é mais que necessário fazer um esforço para respeitar a opinião e as referências alheias. Talvez esse seja o recado mais importante do terceiro episódio da nova temporada de “Queer Eye”, um dos mais fortes deste retorno. Nele, os “Fab 5” visitam Cory, um ex-fuzileiro e fã de automobilismo que apoia o presidente Donald Trump. Faça um favor a si mesmo e assista prestando bastante atenção na conversa privada entre ele e Karamo, quando estão dentro do carro e debatem preconceito racial e a violência dos policiais americanos.
Gays são como qualquer pessoa
Todo homossexual é descolado, entende de roupas e é dono de invejável traquejo social? Erradíssimo. Tal constatação, por sinal, fez a série encurtar seu título e abrir o leque para personagens não necessariamente heterossexuais. No quarto episódio, os “fabulosos” conhecem AJ Brown, um engenheiro civil conhecido como o “gay mais hétero” de Atlanta. Ainda preso a antigos paradigmas de masculinade, o jovem de 32 anos não só carecia de confiança e estilo como, por pressão social, nunca havia conseguir sair do armário com a família, mostrando quem realmente é. Dilema universal.
Ser religioso não significa ser homofóbico
Belíssima lição a do quinto episódio, intitulado “Começar de Novo”. A trupe visita Bobby, cristão devoto pai de seis filhos que deixou o relacionamento ser consumido pela rotina. Atente para duas cenas em particular. A primeira, quando ele e o designer Brown falam sobre os ensinamentos de Deus sobre o amor enquanto cuidam de uma horta. A segunda: a reunião em que Bobby surpreende os "Fab 5" com um tocante discurso de inclusão. “Crescendo do jeito que crescemos, homossexuais não eram aceitos. E ainda não são em muitas igrejas”, diz ele. "Vocês me ensinaram tanto sobre amar alguém que veio de uma cultura diferente, que tem uma visão de mundo diferente da sua, uma história diferente.”
Nunca é tarde demais para mudar
Tom é um motorista de caminhão de lixo de 57 anos na pequena Dallas, no Estado da Georgia. Simpático e bem-humorado, embora sem muito sinal de amor próprio, ele diz que é feio e que sua feiura infelizmente não tem conserto. O comentário revolta o hairdresser Jonathan que ensina que a coisa mais sexy do mundo não é a aparência, mas a confiança. Ao fim do episódio, abertura da temporada, vimos como a mensagem é importante e bem apreendida por Tom. Repaginado com ajuda dos consultores, enfim consegue chamar a ex-mulher para um encontro romântico.
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